Moradores de Piedade (SP) têm opção de trocar uma máscara por um quilo de alimento ou um litro de leite. Varal é higienizado para que as pessoas não corram risco de contaminação.
Ao invés de roupas, mãe e filha decidiram “estender solidariedade” em um varal durante a pandemia de coronavírus, em Piedade (SP). Por conta do distanciamento social, a dupla, que atua em causas sociais há mais de 40 anos, passou a confeccionar e distribuir máscaras no portão de casa.
A terapeuta Inara Rosa Godinho, de 38 anos, contou ao G1 que a ideia de montar o “varal solidário” foi da mãe dela, a aposentada Nilza Maria dos Santos Godinho, de 73 anos, e teve aprovação nas redes sociais.
“Minha mãe comentou comigo de fazer o ‘varal solidário’. Foi quando compramos as cordinhas e os prendedores. Depois, fiz um vídeo nas redes sociais explicando a ação e o pessoal adorou”, comenta.
Nilza explica que começou a confeccionar as máscaras em casa, ainda no início do isolamento social. Foi então que teve a ideia de mesclar a doação de cestas básicas e remédios, que já estava sendo realizada, com a distribuição das máscaras.
“Comecei há mais de um mês confeccionando as máscaras, e não pedi nada para ninguém. Comecei com a ajuda minha neta. Ela mesma costura sozinha na máquina dela e me dá uma força. Minha irmã e cunhada começaram a me ajudar quando a demanda ficou muito grande. Foi quando eu pedi alguns materiais para doação”, diz.
A aposentada afirma que as máscaras são distribuídas para quem precisa, mas que também aceita trocas por alimentos de cesta básica para ajudar outras pessoas.
“Trocamos máscara por um quilo de alimento ou um litro de leite. Também temos um projeto de ‘farmácia solidária’ há mais de 40 anos, então tudo é voltado para doação. Nem aceitamos dinheiro para não ter problemas”, explica.
“Desde o começo da pandemia, conseguimos montar 50 cestas básicas e ajudamos 11 famílias na cidade. Em um dia com o varal, doamos mais de 20 máscaras. Acredito que confiam na gente” ressalta.
Inara comenta que existe uma preparação para organizar e higienizar o varal para que as pessoas não corram risco de contaminação.
“Antes de montar o varal, higienizamos as máscaras e o ambiente em que elas ficam. Quando elas estão lá, também vamos limpando de tempo em tempo.”
Retorno
Nilza explica que os moradores da cidade ajudam com doações, e que Inara se organiza para buscar e entregar os produtos para quem não pode sair de casa.
“A minha filha fica à frente de tudo, buscando os materiais e entregando máscaras para quem não pode sair casa. Agradeço às pessoas que nos ajudam, porque sempre um ou outro acaba trazendo alguma coisa para complementar”, diz.
Para Inara, a solidariedade é o fator principal para seguir ajudando as pessoas e a energia recebida ao auxiliar quem precisa é algo que motiva.
“É gratificante, porque, de certa forma, fazemos com que as pessoas contribuam. Gosto da energia da solidariedade e, como a minha mãe sempre esteve envolvida com isso, eu cresci nesse meio. Faz parte da minha vida. Tudo isso que fazemos faz parte da nossa vida”, finaliza.
Fonte: G1
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