Na pandemia de coronavírus em que estamos vivendo, todos estão ajudando como podem. E uma maneira de ajudar era instalando um programa, que roda, em segundo plano, quando a pessoa não está fazendo mais nada no computador. Com isso, é possível ajudar os especialistas a fazerem cálculos complexos para que eles saibam mais a respeito do coronavírus.
O aplicativo chamado “Folding @ home” foi desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade de Stanford. E ajuda na pesquisa de doenças e medicamentos há quase 20 anos. O aplicativo de processamento de números ajuda os pesquisadores a resolverem problemas médicos, incluindo o novo coronavírus.
A rede de pessoas que instalou o aplicativo em seu computadores foi tão grande, no mês passado, que a plataforma está superando os supercomputadores mais poderosos do mundo.
Rede
Segundo Greg Bowman, bioquímico e diretor do Folding @ home, aproximadamente 700 mil novos operadores se uniram nas últimas semanas. Esse número é bastante grande. E um aumento gigante, se comparada com as 30 mil pessoas que geralmente executam o aplicativo.
Isso também faz uma diferença enorme no poder da computação. A rede da Folding @ home conseguiu alcançar impressionantes 2,4 exaFLOPs de poder de processamento logo no começo dessa semana. Esse alcance fez com que ele set ornasse mais rápido do que os 500 supercomputadores principais do mundo juntos.
Para se ter uma ideia, o novo console do Xbox One Series X promete 12 teraFLOPs de poder de processamento gráfico. E é preciso um milhão de teraflops para criar um exaFLOP.
Isso mostra o poder dos computadores domésticos trabalhando juntos em uma escala. E todo esse desempenho extra está sendo utilizado. O objetivo principal do Folding @ home é modelar como as proteínas se comportam no corpo tendo que sustentar tantas funções biológicas essenciais.
Pesquisa
Dentre essas funções, está a infecção por vírus. O que a equipe do Folding @ home está observando em particular é como o chamado spike do vírus SARS-CoV-2 se liga às células humanas. E infecta o corpo humano.
As três proteínas que o spike usa para se agarrar nas células humanas ACE2 se parecem com a boca do Demogorgon, personagem da série Stranger Things. A semelhança é tanta que a equipe até o apelidou de monstro.
Essa é a principal forma pela qual o novo coronavírus está penetrando nos tecidos do nosso corpo. Então bloqueá-lo pode ser uma coisa crucial para os futuros tratamentos. E se os pesquisadores conseguirem entender mais como os spikes funcionam, que é o que as simulações do Folding @ home fazem, eles podem fazer medicamentos para conseguir pará-lo.
“Se você tentasse simular a abertura do spike no seu computador doméstico teria sorte de ver parte do processo nos próximos 100 anos. Felizmente, temos reforços”, escreveu Bowman no blog Folding @ home.
Propósito
O que o Folding @ home faz é dividir a modelagem complexa de proteínas em computadores e tarefas menores pra que elas possam ser distribuídas para milhares de computadores em todo mundo. Então, cada pessoa fica com um pedaço.
Se você instalar o aplicativo no seu computador você escolhe quando ele será executado. E quanto do poder de processamento do seu computador ele vai usar. E se você quiser, o aplicativo pode ser executado sempre que ele detectar que você não está usando o computador para mais nada.
Vários outros projetos com relação ao coronavírus estão em andamento na Folding @ home. Os dados estão sendo processados para ver a eficácia de possíveis medicamentos, que estão atualmente em testes em laboratórios. E também para analisar como o coronavírus controla o maquinário de uma célula depois que ela é infectada.
Depois de atingir 700 mil pessoas, o Folding @ home espera ultrapassar a marca de um milhão. Se você quiser baixar o aplicativo é só clicar aqui.
Fonte: Fatos Desconhecidos.
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