O marca-passo é um equipamento médico implantado para estimular ou regularizar os impulsos elétricos e o batimento cardíaco do coração.

 

Atualmente, os modelos são pequenos e leves, com alguns deles já conectados à internet e até mesmo dispensando a utilização de uma bateria, garantindo maior expectativa de vida para pacientes com diversas condições cardíacas.

 

Só que esse tipo de intervenção cirúrgica já tem mais de seis décadas de vida — e mesmo o primeiro modelo, considerado hoje bastante rudimentar, impressiona pela tecnologia empregada.

 

No caminho certo

 

Antes do primeiro marca-passo implantado, técnicas e equipamentos que ajudavam a regular a batida do coração já eram utilizados com sucesso, porém de forma menos confortável e miniaturizada. As primeiras pesquisas do final do século XIX, com simulações de estímulos elétricos no miocárdio.

 

Só que o recurso demorou mais para ser colocado em prática: em 1930, o marca-passo utilizado não exigia cirurgia, mas pesava sete quilos e precisava ser ligado por corda, servindo para reanimar um coração que estava falhando.

 

Em 1952, o cardiologista norte-americano Paul Zoll avançou no setor e construiu um marca-passo externo que aplicava descargas elétricas no tórax do paciente — um procedimento dolorido, porém eficaz. Foram necessários mais seis anos para que o modelo hoje considerado definitivo fosse apresentado ao mundo.

 

A cirurgia histórica

 

Considerado o marco zero dessa tecnologia, o implante do primeiro marca-passo de pequeno porte posicionado com sucesso no coração de um paciente ocorreu em 8 de outubro de 1958.

 

A cirurgia foi realizada em Estocolmo, na Suécia, e o paciente era um engenheiro de 40 anos chamado Arne Larsson. Ele tinha sérios problemas de bombeamento de sangue, perdia a consciência várias vezes por dia e dificilmente sobreviveria sem um implante.

 

O responsável pelo implante foi o cardiologista ?ke Senning, que realizou o procedimento junto ao médico e engenheiro Rune Elmqvist, responsável pela invenção. Elmqvist trabalhava na época para a Elema-Schönander, uma companhia que mais tarde passou a fazer parte da Siemens.

 

O primeiro marca-passo implantado do mundo era um equipamento bastante rudimentar. Ele pesava 70 gramas, tinha baterias de níquel e cádmio e uma unidade central posicionada no abdôme do paciente.

 

O único problema do modelo era a baixa duração da fonte de energia: ao todo, o paciente teve que trocar o modelo 26 vezes para substituição de componentes e baterias.

 

Só que a intervenção valeu a pena: o equipamento permitia o equilíbrio do coração a uma frequência de 70 impulsos por minuto a 12 volts, o que foi o suficiente para Larsson viver até os 86 anos e até voltar a praticar esportes de baixa intensidade.

 

A partir da primeira cirurgia de sucesso, a área avançou a passos largos: em 1969, baterias de lítio passaram a ser usadas, o que aumentava a vida útil do equipamento.

 

Além disso, os implantes passaram a enviar dados para um computador, o que permitia a reprogramação remota do marca-passo, e a controlar não só os impulsos do ventrículo, que é a parte inferior do nosso coração, mas também do átrio, que fica na metade superior.

 

Fonte: Mega Curioso.


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