Sabemos que milhares de exoplanetas foram descobertos, nas últimas décadas. Além disso, sabemos também que há outros tantos, que são possíveis candidatos. No entanto, apesar da existência de inúmeros exoplanetas, poucos apresentam características semelhantes à Terra.
E é exatamente por isso, que a comunidade científica segue tentando encontrar uma “Terra 2.0” nesse vasto Universo. Ao que parece, a incessante busca pode ter um fim em breve. Isso, se o método proposto pelo geólogo planetário, Paul Byrne, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA, for realmente viável.
A busca
Recentemente, o geólogo planetário, Paul Byrne, propôs um método que pode ajudar a encontrar planetas semelhantes ao nosso. Basicamente, a abordagem do especialista se baseia em um fator, que parece ter passado despercebido. E que fator é esse? Atividade vulcânica.
Segundo Byrne, para encontrar planetas como o nosso, é preciso compreender melhor como a atividade vulcânica varia, com o passar do tempo em outros planetas. Para o especialista, a atividade vulcânica está diretamente relacionada com a idade e as dimensões dos planetas.
Mas como analisar atividades vulcânicas em outros planetas? Afinal, inicialmente, sabe-se que a tecnologia atual não permite que os cientistas observem diretamente as atividades vulcânicas em exoplanetas distantes. Então, como fazer? A tarefa, árdua, que antes parecia impossível, não é mais.
Byrne, de acordo com Tracey Peake, em uma publicação do site Phys Org, conseguiu conduzir análises do vulcanismo em planetas que compõem o Sistema Solar. Ou seja, o geólogo planetário conseguiu estudar tal atividade em Marte, Vênus, Mercúrio, Terra e na Lua.
Atividade vulcânica e planetas
Em Mercúrio e na Lua, a atividade vulcânica não existe por dois motivos. Primeiro, ambos são atores desprovidos de placas tectônicas. E, segundo, por conta da contração que suas crostas sofreram no decorrer de milhões de anos. Por causa de tal fenômeno, as crostas destes dois astros encapsularam o magma e não oferecem vias para escapar até a superfície.
Vale lembrar também que, em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, apesar de ser rochoso como a Terra, não possui placas tectônicas, como ocorre aqui. Ali, a crosta é composta por uma única camada, que deixou de ser ativa há cerca de 3,5 bilhões de anos. Tal camada se solidificou completamente e, hoje, envolve o núcleo mercuriano derretido.
Já onde há atividade, o fenômeno, segundo Byrne, é resultante da emissão de radiação. A emissão, nesse ínterim, ocorre a partir dos núcleos dos planetas. Além disso, ocorre independentemente se o tipo e localização de vulcanismo mudarem com o tempo.
E como a atividade vulcânica está relacionada com o descobrimento de uma “Terra 2.0”? De acordo com o geólogo, quando comparamos a atividade vulcânica dos planetas rochosos do Sistema Solar, conseguimos determinar “algumas regrinhas” sobre como o fenômeno varia. Ainda segundo Byrne, são essas diretrizes que podem ajudar os cientistas a limitarem o escopo de suas buscas por planetas semelhantes à Terra.
Conforme propõe Byrne, se o objetivo for o de identificar vulcanismo, em um exoplaneta com idade próxima ao nosso, e se suas dimensões forem semelhantes às de Mercúrio, ou às da Lua, é provável que sua crosta já tenha passado pelo processo de contração. Portanto, talvez seja melhor investir tempo e conhecimento em novas buscas.
Fonte: Fatos Desconhecidos.
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.