Talvez você já tenha escutado alguma amiga falar que não sabia o que fazer para superar o ex-namorado, certo? Ou, de repente, quem reproduziu essa fala foi você. Afinal, como encerrar um relacionamento de maneira saudável? É possível ser amiga do ex? Bloquear adianta ou só piora as coisas?
Diante do fim de um relacionamento, essas e outras dúvidas podem aparecer e causar uma grande confusão. Para ajudar a colocar ordem nos pensamentos e sentimentos, conversamos com a terapeuta de relacionamento Rosangela Matos (@descomplicandorelacoes), que esclareceu alguns mitos e verdades sobre o que pode ajudar na hora do término.
Bloquear ou não o ex? Segundo Rosângela, deixar de seguir, silenciar ou até bloquear pode ser uma opção. Isso porque, após um término, é comum ficar chateada e olhar o que o outro anda fazendo pode não fazer bem. Quando um dos dois percebe que aquela ligação que restou está fazendo mal, é melhor se afastar para tentar entender o que aconteceu, por que a relação acabou e como seguir em frente. “Em alguns casos, a pessoa que ainda está muito ferida, machucada, que tem uma expectativa de voltar, precisa, sim, sair daquela situação de alguma maneira e um caminho é parar de olhar o que o outro faz, vive ou posta”, aconselha a terapeuta.
Agora, é possível ser amiga do ex? Rosângela garante que sim, mas é preciso entender que o momento seguinte ao fim da relação não é o mais ideal para constituir uma amizade com alicerces fortes, pois há chances de que uma ou ambas as partes confunda seus sentimentos. “Se o casal decide manter uma amizade e esse vínculo está fazendo mal, o outro compartilha suas viagens, novos amigos, crushes, é preciso ter uma conversa clara e, se necessário, se afastar”, diz. Não é imaturidade manter distância. Imaturidade é continuar fazendo algo que não te faz bem!
Sair beijando outras bocas, sem ter superado o fim do namoro, pode também complicar ainda mais a situação. “Com outro amor, sem ter curado o ex, você faz muita bagunça na sua vida psicológica”, explica Rosângela. Se você não assimila o término e não faz um balanço da relação, e até vive o luto, pode acabar repetindo padrões negativos antigos em um novo relacionamento.
Sem entender por que a relação anterior acabou, é mais fácil acabar procurando uma pessoa parecida com o ex, entrando numa relação sem saber o que deseja e confundindo amor com carência. Para a terapeuta, “quando a relação acaba, é como se fosse uma tempestade: você precisa entrar na sua casa, cuidar um pouco de você, se olhar, entender o que quer procurar no mundo lá fora, e só depois que estiver segura, aí sim, você sai para fora e consegue ver o Sol brilhar novamente”.
Muitas vezes nos pegamos pensando em quanto tempo vai levar para superar o fim. Bem, existe uma média. Quando passamos pelo término, vivemos uma situação de luto. “Os primeiros três meses são mais intensos, a dor é mais forte e é natural que a pessoa chore mais, fiquei mais chateada, queira ficar mais sozinha, fale sobre o que está passando com as amigas e fique remoendo situações boas e ruins, e acreditando que poderia ter sido diferente”, garante a terapeuta. Entre o terceiro e o sexto mês, é comum que a vontade de sair, conhecer pessoas e viver novas experiências volte a aparecer. A partir do sexto, geralmente, a pessoa já está pronta para coisas novas. Rosângela ainda acrescenta que, quando se trata de um relacionamento mais longo, é possível levar até dois anos para superar totalmente.
Se o namoro acabou por um motivo bobo, uma falta de alinhamento, uma conversa que foi deixada para depois e o sentimento ainda existe, vale conversar. “É importante tentar entender em que o momento o outro está e avaliar se vale dar uma chance para a relação. Mas, se a outra pessoa fala que não, que não está aberta, é preciso cuidar de si, da sua autoestima, e seguir em frente. Uma relação é composta por duas pessoas que estão dispostas a fazer dar certo. Se uma pessoa não quer, quem fica insistindo vai se machucar, vai ter danos emocionais sérios. Mesmo que doa, se a outra pessoa não quer mais estar na relação, não vale a pena insistir”, conclui a especialista.
Fonte: Capricho.
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