A imprensa francesa desta sexta-feira (10) apresenta na primeira página a decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de refazer a flecha da catedral Notre Dame de Paris, destruída em um incêndio há 15 meses, segundo o modelo original. A reportagem do jornal Le Parisien constatou que os habitantes preferem que a agulha seja refeita como era originalmente.
O presidente desiste, dessa forma, de adotar um “gesto arquitetônico contemporâneo”, diz Le Figaro. O diário conta que, na véspera, os integrantes da Comissão Nacional do Patrimônio e Arquitetura se pronunciaram, por unanimidade, pela restauração de uma flecha idêntica à destruída.
“Símbolo emblemático do monumento e da Île de la Cité [ndr: ilha onde fica Notre Dame e que deu origem a Paris], a flecha não foi a única a desaparecer, sob as chamas, no dia 15 de abril de 2019. Uma parte do teto e a estrutura de madeira devem também ser reconstruídas”, acrescenta Le Figaro.
Nada de concurso internacional
O jornal Libération lembra que no dia seguinte ao incêndio, o então premiê Edouard Philippe prometeu a realização de um concurso internacional para um novo design do topo da catedral parisiense. Quinze meses depois, os envolvidos nesse projeto já não fazem mais parte do governo. “Os grandes especialistas admitem que é tarde demais para isso, se a data prometida de reabertura, 2024, for obedecida”, diz o jornal.
Libération pede que decisões políticas sejam tomadas e anunciadas oficialmente sobre a restauração de Notre Dame.
A reunião da comissão nacional do patrimônio foi recebida pela nova ministra da Cultura Roselyne Bachelot, informa Le Parisien. Em seguida, o Eliseu divulgou um comunicado dizendo que “o presidente da República está convencido da necessidade de restaurar Notre Dame da maneira mais conforme ao último estado completo, coerente e conhecido, com a preferência por materiais sustentáveis”.
Patrimônio é importante e deve ser preservado
Le Parisien acrescenta a opinião de parisienses, como Thomas, de 22 anos: “Temos um patrimônio impressionante, é importante conservá-lo segundo o original. Fazer apelo à modernidade não é sempre indispensável”.
Logo após o incêndio, os anúncios de doações choveram de todos os cantos, com destaque para as ofertas de milionários franceses. Segundo Libération, dos € 375 milhões de euros prometidos, a fundação em cargo já angariou € 56 milhões.
Fonte: MSN Brasil
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