A mostra online pode ser conferida neste site aqui: https://ecofalante.org.br/ entre os dias 1º e 12 de dezembro. Ao todo são 31 títulos, entre curtas, médias e longas-metragens, todos disponibilizados de forma gratuita! Ou seja, não dá para perder!
Criado em 1961, o Parque Estadual do Xingu foi idealizado pelos famosos sertanistas irmãos Villas-Bôas, que tiveram um importante trabalho de preservação da cultura, dos costumes e da terra dos povos indígenas.
A reserva, que tem esse nome por conta do rio que passa pelas terras, abriga 16 etnias indígenas. São elas: Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kĩsêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Wauja, Tapayuna, Trumai, Yudja, Yawalapiti.
Ao que assistir na mostra?
De volta à mostra “Xingu 60 Anos”, a programação reúne filmes feitos por cineastas consagrados como Aurélio Michiles, Mari Corrêa, Maureen Bisilliat, Paula Gaitán e Vincent Carelli, além de trabalhos de realizadores indígenas como Takumã Kuikuro e Kamikia Kisêdjê.
Entre os destaques está “Raoni” (1978), do cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux, que concorreu ao Oscar de melhor documentário naquele ano. Filmado de forma clandestina em plena ditadura militar, o filme retrata a luta do cacique Raoni pela preservação da reseva indígena.
Já a consagrada fotógrafa Maureen Bisilliat, conhecida pelo belo trabalho de retratar vários grupos indígenas em parceria com os irmãos Villa-Bôas, dirigiu “Xingu/Terra” (1981). O título mostra o cotidiano de uma aldeia do povo Mehinaku, com destaque para aspectos como a pesca, a plantação, a confecção de cerâmica, a preparação da tinta de urucum, o relacionamento entre pais e filhos e o cerimonial de casamento.
Outra atração é o documentário “Topawa” (2019), de Kamikia Kisêdjê e Simone Giovine, que reúne depoimentos de mulheres da terra indígena Apyterewa sobre os primeiros contatos com os homens brancos. Elas conversam com a equipe enquanto confeccionam redes e cestas a partir da palmeira de tucum.
E o cineasta Takumã Kuikuro apresenta os filmes “Kukuho – Canto Vivo Wauja” (2021), sobre um músico, contador de histórias e líder da comunidade Waujá do Xingu que tenta preservar e compartilhar a música tradicional do seu povo; e “Território Pequi” (2021), que revela como o pequi se tornou símbolo de vasto patrimônio cultural e genético.
A mostra “Xingu 60 Anos” ainda tem muitos outros documentários e uma série de bate-papos sobre cinema e essa importante reserva indígena.