Uma descoberta recente de um fóssil de réptil que viveu na Terra antes dos dinossauros, há cerca de 250 milhões de anos, foi batizado com um dos nomes de Aragorn, personagem que faz parte da saga O Senhor dos Anéis, escrita pelo britânico J.R.R. Tolkien. O nome foi dado ao réptil por conta de suas longas pernas.

 

A nova espécie, chamada Elessaurus gondwanoccidens, foi descoberta entre depósitos rochosos não muito longe da fronteira com a Argentina. Elessar é nome élfico do personagem de Tolkien, interpretado no cinema por Viggo Mortensen. Aragorn também era conhecido pelo apelido de Passolargo (Strider em inglês), justamente por conta de suas pernas compridas.

 

Segundo as informações sobre o fóssil, ele provavelmente teve um estilo de vida sobretudo terrestre durante o período Triássico, entre 252 milhões e 201 milhões de anos atrás. O réptil também pode ser considerado como um primo próximo do misterioso tanystropheus, conhecido por seu pescoço de cerca de 3 metros de comprimento.

 

Ainda de acordo com as informações divulgadas pelos pesquisadores, a presença de elessauros (que apesar do nome, não são dinossauros, mas, sim, répteis) em depósitos continentais do início do Triássico na América do Sul sugere que as origens desse grupo remontam aos continentes do Sul. Muito provavelmente seus ancestrais podem ter vivido por aqui antes que espécies posteriores se adaptassem à vida aquática.

 

Esse novo fóssil foi descoberto em rochas da Formação Sanga do Cabral, no Rio Grande do Sul, e será extremamente útil para se descobrir um pouco mais sobre os antepassados dos dinossauros.

 

Desvendando o passado por meio dos fósseis

 

A paleontologia é a ciência que estuda as diferentes formas de vida existentes em períodos geológicos passados e sua principal fonte de pesquisa está nos fósseis. Cerca de 251 milhões de anos atrás, um evento de extinção global, que ficou conhecido por Permiano, destruiu a maioria das espécies da Terra.

 

Entre os primeiros grupos a aparecer após o evento de extinção do Permiano estavam os tanystropheus. A maioria de seus fósseis foram encontradas nas rochas do Triássico Médio em parte da Europa, Ásia e América do Norte, e também em sedimentos marinhos. Entretanto, seu estilo de vida permanece um mistério e a evolução inicial desse grupo é ainda pouco compreendida, pois seus restos são muito raros desde o período citado.

 

Por meio das análises específicas dos pesquisadores, algumas conclusões foram tiradas a partir disso. Segundo eles, tamanho do pescoço do elessauro seria menor em relação ao que foi descrito para os tanystropheus. Os estudos também indicam que a presença de novas espécies na América do Sul ainda sugerem muitas informações relevantes sobre a existência deles por aqui.

 

Fonte: Mega Curioso


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