A África é conhecida como o continente do safari, dos leões, tigres, girafas enormes e uma cultura muito bonita. Ela é o segundo continente mais populoso do planeta somando mais de um bilhão de pessoas e o terceiro maior continente do mundo. Sua extensão chega a cobrir 20% das terras do planeta.
E em um dos lugares mais quentes do planeta, ao longo de um trecho árido da região Afar da África Oriental, é possível ficar no lugar exato onde, no subsolo profundo, o continente está se dividindo.
Entre cinco e 10 milhões de anos, a África irá se dividir em dois continentes. Isso acontecerá por conta do afastamento das suas placas tectônicas e é isso que vai formar um novo oceano.
No lugar na Etiópia, as placas tectônicas da Somália, Núbia e Arábia estão se afastando de forma gradual. Isso está formando uma fenda enorme que se transformará em um novo oceano.
“Podemos ver que a crosta oceânica está começando a se formar, porque é distintamente diferente da crosta continental em sua composição e densidade”, disse Christopher Moore, estudante de Ph.D. da Universidade de Leeds.
Separação
Os cientistas já desconfiavam que as placas estavam se separando já fazia um tempo. E com a colaboração dos avanços na tecnologia de GPS, eles têm entendido de forma específica o que está acontecendo por baixo da superfície.
O novo oceano na África irá ser uma oportunidade única para o entendimento de como a ruptura tectônica acontece. Mesmo que se saiba que as placas tectônicas estão e constante movimento, não é sabido quais são as forças que empurram as três em direções opostas.
Movimento contínuo
Uma das hipóteses é que as gigantescas rochas super quentes borbulham embaixo do manto no ponto exato em que as placas se tocam. Mas essa é uma hipótese que não pode ser confirmada.
De acordo com Ken Macdonald, geofísico marinho da Universidade de Santa Barbara, através da monitoração por GPS é possível observar a taxa de movimento de aproximadamente de cinco milímetros por ano.
“À medida que obtemos mais e mais medidas de GPS, podemos uma ideia muito melhor do que está acontecendo”, disse.
“O Golfo de Áden e o Mar Vermelho inundarão a região de Afar e o vale do Rift na África Oriental e se tornarão um novo oceano, e essa parte da África Oriental se tornará seu pequeno continente separado”, explicou Macdonald.
As três placas estão se separando em velocidades diferentes. A chapa árabe se afasta da África a uma taxa de aproximadamente 2,5 centímetros por ano. Já as duas chapas africanas estão se separando mais devagar, entre meia polegada e 0,2 centímetros por ano.
Esse processo pode estar acontecendo em ritmo glacial. Mas os pesquisadores afirmam que os sinais que essa transição está acontecendo são claros.
Observações
Além disso, observações por satélites combinadas com pesquisas de campo também podem ajudar os cientistas a reunir o que está acontecendo no subsolo da região de Afar. Mas o ambiente não facilita para os cientistas fazerem seu trabalho de campo.
“O lugar se chama inferno de Dante. A cidade inabitada mais quente da Terra fica em Afar. No dia as temperaturas podem chegar a 55º Celcius. E à noite tem o “frescor” de 35ºC”, disse Cynthia Ebinger, geofísica da Universidade de Tulane, em Nova Orleans.
Fonte: NBC news
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