Depois de ter lançamento adiado e a história um pouco modificada, finalmente “O Bom Dinossauro” chega aos cinemas brasileiros, nesta quinta-feira (7). O filme começou a ser feito há mais de seis anos, quando a trama começou a ser trabalhada nos estúdios da Pixar.
A animação se baseia em uma ideia simples, uma inversão de papéis. Um jovem dinossauro tem um menino das cavernas como animal de estimação. “É um dos primeiros da Pixar com um protagonista jovem”, explica o diretor Peter Sohn, em entrevista ao G1, quando esteve em São Paulo, em dezembro, com a produtura Denise Ream.
G1 – Quando vocês estão fazendo um filme, pensam no público alvo. Durante o processo percebem que “Cars” é mais para crianças e “O bom dinossauro” é para jovens? Como lidar com isso?
Peter Sohn – Tentamos fazer para famílias e para nós, com tudo o que gostamos em um filme. Mas este é um dos primeiros da Pixar com um protagonista jovem. Queríamos fazer algo equilibrado para adultos e crianças assistirem. Exploramos temas como confiança e morte.
G1 – Quem tem animal de estimação tem mais chance de chorar vendo o filme?
Denise Ream – Eu não tenho e não sou uma pessoa que gosta, mas chorei algumas vezes.
Peter Sohn – Eu tenho um animal de estimação, mas sinto que às vezes é o caso de olhar para o contato entre pessoa e animal e ver o que tem em comum com as relações humanas. Porque você sente que está botando uma personalidade no animal e fazendo com que ele seja quase um humano.
G1 – Uma das coisas mais elogiadas no filme foram as paisagens. Como foram feitas? Li que só que só as águas deram mais trabalho do que todo o filme “Carros”.
Denise Ream – Trabalhamos com os mapas dos lugares que mais gostamos viajando para pesquisar os ambientes do filme. O maior desafio foi criar um mundo em que um dinossauro se sentiria pequeno. Até um dinossauro pode se sentir pequeno e insignificante.
G1 – Como foi que tiveram a ideia do filme, do menino sendo o animal do dinossauro?
Peter Sohn – Foi uma ideia do diretor original Bob Peterson apresentada há seis anos. Há dois anos, eu entrei no projeto para recriar a história, manter essa parte, mas acrescentar novos personagens, recriar aquele mundo.
G1 – Deu tempo de ter dois filhos enquanto fazia o filme.
Peter Sohn – Sim, e eles assistiram recentemente. E eu pensando: vocês nasceram enquanto estava fazendo isso. Isso foi bem emocionante.
G1 – Até que ponto “Parcialmente nublado” foi responsável por uma guinada na sua carreira?
Peter Sohn – É uma pergunta interessante. Tem sido uma evolução. Tenho tentado encontrar o fluxo, em vez de forçar algo. Não é forçar, dizer “eu vou ser assim”, é pensar em fazer o filme o melhor que ele possa ser. Mesmo quando fazia curtas eu tinha a mesma filosofia.
G1 – Você deve ter que contar muito esta história… Como inspirou a criação do Russell, o garotinho de “UP – Altas aventuras”?
Peter Sohn – É verdade. Foram feitas versões de pessoas da equipe, no começo. O personagem é uma mistura de várias pessoas da Pixar, e também usaram umas brincadeira que fiz com a voz.
Fonte: G1 Cinema
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