Ser caracterizado como gênio aos 8 anos de idade pode parecer uma responsabilidade muito grande para essa faixa etária. Mesmo assim, é inevitável que de tempos em tempos crianças-prodígio surjam por aí esbanjando talentos inimagináveis para pessoas tão jovens.

 

Porém, o que acontecem com elas depois que crescem? Como a vida não é feita de garantias, o destaque na juventude não significa sucesso certo na vida adulta. Assim como para as demais pessoas, a transição para a fase adulta é uma etapa cheia de incertezas e que pode vir com certo peso caso você seja uma criança-prodígio.

 

Lembranças do passado

 

Entrevistado pela BBC, o ex-prodígio infantil Gabriel Carroll desabafou sobre as expectativas criadas sobre seu passado ilustre. Quando estava na sétima série, Gabriel obteve a nota mais alta nos exames feitos por estudantes norte-americanos no estado da Califórnia — incluindo uma nota máxima em matemática.

 

No ensino médio, o adolescente colocou suas habilidades à prova quando venceu a Olimpíada Internacional de Matemática em 1998 e 2001. Porém, hoje aos 30 anos, ele disse se sentir estranho quando falam sobre seu passado. “Parece que não fiz nada além daquilo desde então”, explicou.

 

Mas isso também não significa que sua trajetória tenha sido um fracasso. Atualmente, Carroll se tornou professor assistente de economia na Universidade de Stanford e segue trilhando seu caminho no campo que mais gosta, apesar de talvez não ter se tornado o novo Albert Einstein como alguns pudessem ter esperado.

 

Estereótipos

 

Um dos maiores desafios vividos pelas crianças-prodígio provavelmente é sobreviver a transição para a vida adulta com a consciência intacta. “As pessoas querem manter você em uma caixa”, disse a violinista britânica Jennifer Pike à BBC. Segundo Pike, a sociedade costuma criar uma percepção sobre as crianças-prodígio que nem sempre é real.

 

Vencedora do concurso de Jovens Músicos da BBC quando tinha 12 anos, a musicista explica que por muito tempo escutou que seus pais haviam lhe obrigado a seguir tocando. Mesmo compreendendo que esse possa ser um cenário existente na vida de muitas pessoas, ela garantiu que a iniciativa e o desejo pela música sempre partiu dela mesma.

 

Por fim, é bastante comum que muitos desses jovens percam um pouco do destaque durante a vida adulta, visto que as diferenças de desenvolvimento intelectual são encurtadas com o passar do tempo. Por isso, é importante lembrarmos que as crianças-prodígio não são nenhum tipo de extraterrestre, mas sim seres humanos com sonhos, expectativas e defeitos como todos os outros.

 

Fonte: Mega Curioso.


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