Eventualmente o teclado de um smartphone é capaz de completar uma frase que iniciamos. Quem nunca, ao iniciar uma busca no navegador, viu o software indicar exatamente o que estava procurando? Esse é o conceito por trás do Machine Learning, um ramo da inteligência artificial que tem como finalidade fazer que sistemas aprendam a se comportar de maneira mais inteligente com base em uma grande quantidade de dados.

Enquanto a ideia da IA é fazer as máquinas de certa forma “pensarem” como humanos, o Machine Learning automatiza os processos, criando atalhos e procurando antever as ações de acordo com o comportamento do usuário ou pela análise de informações de uma infinidade de origens.

Como o Machine Learning funciona de fato?

Como um sistema que se comporta analisando dados, o Machine Learning utiliza as informações do usuário para criar uma linha de aprendizado de acordo com o comportamento registrado. Então você pode se perguntar: “quando eu passei informações do meu comportamento para a máquina?”. A resposta é: a todo momento em que navega na internet, utiliza serviços online ou usa um dispositivo conectado.

Empresas como Google, Microsoft e Amazon são responsáveis por grande parte do tráfego de dados de diversos serviços, como sites de busca, serviços de e-mail e e-commerce. Essas companhias têm enormes centros computacionais (Big Datas) e recebem informações sobre o que as pessoas estão buscando, falando ou mesmo desejando comprar. Isso acontece por meio de algoritmos que são capazes de analisar dados de diversas fontes, como redes sociais, históricos de pesquisa e afins, e a máquina passa a poder “entender” o comportamento do usuário e criar diversos perfis de acordo com localização, faixa etária e interesses comuns.

Aplicação

Machine Learning não é simplesmente automação, e sim compreensão de rotinas para estabelecer um padrão de funcionamento, por exemplo: em uma casa inteligente, o proprietário sai pela manhã e volta sempre por volta das 18h; ao chegar em casa, as luzes são acionadas automaticamente e a cafeteira é ligada para fazer um café da tarde. E se a pessoa chegar mais cedo, de modo que não precise acionar as luzes? E em um dia de calor, será que em vez de um café não seria mais interessante tomar um refresco ou água? Pois é exatamente nisso que o Machine Learning pode fazer a diferença.

Analisando o comportamento do usuário, um sistema com aprendizado de máquina é capaz de só acionar as luzes da casa se necessário e pode utilizar a temperatura ambiente para ponderar se é mais interessante acionar a cafeteira ou enviar uma mensagem ao proprietário recomendando tomar mais água em dias com baixa umidade. Tudo isso pode se basear em buscas realizadas no smartphone, em trends em redes sociais e principalmente dados cruzados.

Onde o Machine Learning já está presente?

Além de browsers que indicam os melhores resultados de acordo com a navegação, o Machine Learning é utilizado em serviços como plataformas de streaming que indicam conteúdos relacionados ao que você assistiu recentemente, apps de mobilidade que mostram o melhor caminho de acordo com o fluxo do trânsito e, é claro, sistemas operacionais que são capazes de criar assistentes que se comportam cada vez mais como verdadeiros secretários virtuais.

O Machine Learning também é muito difundido em sistemas de segurança em TI e tem cada vez mais soluções que se beneficiam dos avanços tecnológicos para implementar o aprendizado de máquinas em novas áreas, como meteorologia e medicina.

 

Fonte: TecMundo


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