O Reator Experimental Termonuclear Internacional (ITER, no original inglês “International Thermonuclear Experimental Reactor”), com potencial para liderar uma nova era de energia limpa a partir da fusão nuclear, já possui metade de sua infraestrutura finalizada.

O reator está sendo construído na França em parceria entre Europa, EUA, China, Índia, Japão, Rússia e Coreia do Sul. De acordo com especialistas, o reator é a alternativa mais viável para enfrentar o previsível esgotamento das reservas de combustíveis como o petróleo, o gás e o carvão.

O que distingue um reactor termonuclear das actuais centrais nucleares é basear-se na fusão e não na fissão nuclear, libertando no processo apenas hélio, um gás inofensivo.

 

O reator

Até hoje, não há nenhum reator capaz de gerar quantidades consideráveis de energia de fusão. O ITER é a esperança de uma nova era. O projeto iniciou-se há dez anos. Supostamente, o reator deveria estar pronto em 2023. Entretanto, devido a atrasos maciços, estima-se que o projeto seja finalizado em 2035.

A construção do reator já ultrapassou quatro vezes o orçamento original. Além disso, muitos acreditam que a tecnologia pode não funcionar. No total, estima-se que o projeto pode custar mais de US$ 20 bilhões.

De acordo com Bernard Bigot, diretor-geral do projeto ITER, a conclusão da metade do projeto significou um grande avanço e que, possivelmente, já será possível produzir energia limpa a partir de 2025.

A fusão nuclear era tida como uma alternativa viável para a geração de energia elétrica já nos anos 50. Como já foi dito, o processo é mais limpo e exige uma quantidade menor de matéria-prima. Além disso, o material necessário pode ser encontrado em qualquer lugar do planeta. Isso diminuiria a dependência das fontes não-renováveis de energia, que hoje representam 90% do consumo mundial.

 

Fusão Nuclear

A fusão nuclear é o fenômeno natural no qual o hidrogênio é convertido em átomos de hélio. O processo ocorre mediante a temperaturas extremas. Nesse ínterim, o projeto visa usar a fusão de hidrogênio para produzir energia de calor, de forma semelhante às atuais usinas de carvão e gás.

A diferença, aqui, é que a produção de energia, além de ser de baixo custo, não provocaria emissões de carbono. A energia gerada, além disso, poderia ser distribuída em grande escala.

O reator vem sendo considerado o projeto mais complexo da história. Para que funcione, o projeto exige que o hidrogênio seja aquecido a 150 milhões de graus Celsius. Em poucas palavras, para transformar o hidrogênio em energia, será necessário uma temperatura 10 vezes mais quente que o núcleo do sol.

Chegar até esta fase do projeto já exigiu realizações notáveis de engenharia, como a fabricação de mais de 100.000 quilômetros de fios de metal supercondutores. No entanto, para concluir o processo, é preciso ainda superar algumas dificuldades políticas.

Uma delas é que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é notavelmente menos propenso a contribuir com a energia limpa que seu antecessor. Os EUA são responsáveis por 10% do orçamento do projeto. A União Europeia forneceu 45%. Já o restante é responsabilidade dos outros parceiros.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


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