RIO – O mundo parou por causa da pandemia, e quem já estava no meio de um processo de construção ou reforma de casa, ficou perdido: deve-se manter ou não o quebra-quebra? Nos condomínios, a ordem é interromper as obras que não forem urgentes. No dia 8 de abril, entidades de engenheiros e arquitetos divulgaram um comunicado informando ser indispensável a suspensão das atividades nos canteiros de obras. Neste caso, o ideal é tentar minimizar as perdas.
— Não existe obra parada que não implique em prejuízo. Dependendo do tipo de obra, os prejuízos gerados são proporcionalmente maiores. As obras de maior porte invariavelmente demandam locação de equipamentos, andaimes, escoras, bombas etc — explica o arquiteto Marcelo Córes.
No caso das obras domésticas ou de pequeno porte, os danos financeiros concentram-se mais na perda de materiais de construção guardados ao relento.
— Há perda também no retrabalho, que é quando existe a interrupção sem a devida conclusão de etapas. Pode ocorrer também a deterioração se a paralisação dos trabalhos estende-se por muito tempo — explica.
A validade dos materiais com menor vida útil é outro problema causado com a parada. Os cimentícios em geral, tintas, massas não duram muito tempo, mesmo que bem guardados.
Para a arquiteta May Lee Chave, as consequências da parada repentina dependerão muito do tipo de obra.
— Se for uma obra emergencial que poda afetar a estrutura, por exemplo, não é aconselhável interromper. Mas se for uma obra de embelezamento ou adequação de espaços, a princípio, tecnicamente, não há problema que sejam paralisadas.
Os inconvenientes, ela salienta, são a compra e estoque dos material. É preciso ter cuidado no armazenamento, se estão protegidos de ação de sol e chuva, ou se correm risco de quebrar.
Uma alternativa é pedir para postergar as entregas de materiais ainda não feitas e negociar os valores e pagamentos com os trabalhadores envolvidos.
Para obras emergenciais, que não podem parar, é imprescindível que se ofereçam dispensadores de álcool em gel para os funcionários, assim como máscaras descartáveis e sabão.
— Estas recomendações também devem ser seguidas pelos donos e pelos responsáveis pelas obras. Com relação às visitas as obras, é imprescindível seguir as recomendações do Ministério da Saúde — afirma o arquiteto Marcelo Córes.
Em resumo: nada de muita proximidade.
Fonte: Extra
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