Dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) revela que, em 2018, o Brasil teve perdas de R$193 bilhões para o mercado ilegal, um valor 32% superior ao registrado em 2017. Desse total, 9,7 bilhões são do setor óptico, o quinto no ranking dos mais afetados pelo mercado ilegal, atrás apenas de vestuário, cigarros, medicamentos e defensivos agrícolas.
Quando se trata do setor óptico, o prejuízo causado pela pirataria e a ilegalidade vai muito além do econômico. Ela afeta, principalmente, a saúde ocular do consumidor, já que tais itens não oferecem a proteção adequada aos olhos.
A falta de informação sobre os danos que esses produtos podem ocasionar à visão e, também, a questão financeira, uma vez que óculos piratas costumam ser mais baratos.
A oftalmologista Carolina Carneiro explica que o grande perigo de usar óculos de sol falsificado é o fato de ele tirar a proteção natural dos olhos contra o excesso de luz.
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Quando exposta à claridade, a pupila, entrada natural de luz no olho, se fecha. Esse é um ajuste do organismo para controlar a entrada de luminosidade. “Quando colocamos um filtro escuro na frente do olho, estamos inibindo esse mecanismo. Ele mantém a pupila mais aberta do que o adequado para aquele ambiente, deixando o olho desprotegido. Assim, a luz entra em quantidade maior, ocasionando vários problemas na visão”, explica.
“Em um ambiente muito claro, com bastante sol, é melhor não usar óculos do que uma peça falsificada sem proteção para os raios ultravioletas (UV)”, diz especialista.
As doenças
As principais doenças que podem surgir após o uso de óculos de são piratas são: queimadura de retina, alterações crônicas como o crescimento acelerado da córnea, tumores de pálpebra e de conjuntiva, amadurecimento precoce de um dos tipos de catarata e a degeneração macular relacionada à idade. A situação será ainda pior se a pessoa já tiver alguma lesão na pálpebra.
Como identificar óculos escuros falsificados
É possível identificar a olho nu se os óculos de sol são originais ou falsificados. Em relação às lentes, o primeiro item que deve ser observado é a cor. Elas não devem ser muito escuras, a ponto de impedir que a pessoa reconheça as cores das luzes do semáforo, por exemplo. Outra questão é se ela possui efeitos prismáticos e podem distorcer as imagens visualizadas pelo usuário.
“É importante colocar no rosto e observar se há efeito prismático e se está visualizando imagens de forma distorcida”, comenta a assessora técnica da Abióptica, Ambra Nobre Sinkoc.
Sobre a armação, é importante ver se as peças apresentam algum defeito, acabamento irregular ou bolhas. Algumas recomendações parecem óbvias, mas vale lembrar: o produto deve ter nota fiscal, o que garantirá o reparo ou troca em caso de defeito.
Fonte: Saúde Abril.
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