De acordo com um grupo de astrônomos da prestigiosa Universidade Cornell, nos EUA, um bom lugar para buscar por vida extraterrestre poderiam ser exoplanetas rochosos – mas não aqueles orbitando nas zonas habitáveis de suas estrelas, como é o caso de uma das principais apostas no momento. A ideia dos cientistas é a de procurar por evidências de vida alienígena em mundos distantes situados nas proximidades de remanescentes estelares.

 

R.I.P.

 

Segundo a proposta dos astrônomos, as buscas por vida extraterrestre deveriam incluir planetas rochosos que orbitem ao redor de anãs brancas, isto é, corpos celestes que consistem nos núcleos de estrelas que já extinguiram todo o seu combustível e, basicamente, entraram em colapso e morreram há muito tempo.

 

O nosso Sol, por exemplo, é classificado como sendo uma anã amarela e, depois que chegar ao final de seu ciclo de vida, vai sofrer uma expansão, se converter em uma gigante vermelha – até perder as suas camadas mais externas, entrar em colapso e se transformar em uma anã branca. Quando isso ocorrer aqui no Sistema Solar, os planetas mais próximos à nossa estrela, incluindo a Terra, serão “torrados” e toda a vida que por ventura existir por aqui provavelmente desaparecerá.

 

Nova aposta

 

No entanto, segundo defendem os astrônomos da Cornell, nada impede que formas de vida possam voltar a surgir em planetas que passaram pelo processo de testemunhar a morte de suas estrelas – pelo menos teoricamente. Com isso em mente, a equipe criou uma espécie de guia para os “caçadores de ETs”, ou seja, uma lista de elementos que podem ser identificados através de observações e que poderiam sinalizar a presença de atividade biológica.

 

E por que os astrônomos sugerem que se preste atenção aos exoplanetas orbitando ao redor de anãs brancas? Afinal, tendo em mente que essas estrelas têm dimensões semelhantes às da Terra, não seria uma tarefa simples identificar mundos em suas redondezas. Por outro lado, uma vez descobertos, o brilho emitido pelas anãs brancas permitiria aos cientistas buscar por sinais espectrais de vida na atmosfera dos planetas.

 

Bem, se deparar com sistemas planetários desse tipo é uma dificuldade hoje, pois, com a construção e lançamento de novas tecnologias e equipamentos – entre eles, o aguardadíssimo Telescópio Espacial James Webb –, os astrônomos ganharão aliados poderosos para a exploração espacial. E para a busca de aliens! Então, só basta esperar.

 

Fonte: Tecmundo


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