Na última segunda-feira (12), o Parler retaliou as decisões da Amazon com uma ação judicial alegando “quebra de leis antitruste”. Fora do ar desde o começo da semana, Parler segue na busca por novos serviços de hospedagem — cujos provedores se negam a prestar serviço à companhia —, enquanto continua removido das lojas de aplicativos Google Play Store e App Store por estimular a violência.

Parler se tornou recinto para a base extremista e supremacista do presidente Donald Trump desde seu lançamento, recebendo exponencial relevância após ter sido banido do Twitter, sendo divulgado como alternativa à rede social. Naturalmente, a plataforma passou a ser recheada de conteúdo violento e criminoso, violando termos da Amazon Web Services, culminando na suspensão do suporte do serviço de hospedagem.

A rede social alternativa buscou por alternativas; contudo, alega que nenhum outro provedor de serviços aceita qualquer tipo de acordo. Em uma ação mais desesperada, o Parler apelou para juízes e exige reintegração com o serviço da AWS por “quebra de leis antitruste”. “A decisão da AWS para suspenção da conta da Parler é aparentemente motivada por viés político.”, descreve no documento.

“Aparentemente, a ação também busca reduzir a competição no mercado de microblogging para benefício do Twitter.”, complementou.

 

Parler violou termos de uso da hospedagem

Em resposta, a AWS contra-argumentou que “atende clientes de todo o espectro político e respeita o direito do Parler de determinar qual conteúdo irá permitir dentro da plataforma”. Contudo, a provedora pontua novamente que há quantidade significativa de conteúdo violento na rede social e não há meios para a administração da rede prontamente agir contra a disseminação dessas publicações, configurando uma violação nos termos de uso do serviço de hospedagem.

“Demonstramos preocupação ao Parler por semanas e durante esse tempo vimos um crescimento significativo nesse tipo de conteúdo perigoso, não uma diminuição”, complementou a Amazon.

Se a ação judicial implicar no retorno do Parler à hospedagem do Amazon Web Services, somente sua versão web estaria disponível para acesso pleno, já que o app continua bloqueado na Apple App Store e Google Play Store e não há previsão para o fim da suspensão.

Para conferir a ação judicial completa, basta acessar o site da Court Listener.


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