A Terra sempre nos surpreende por causa da sua imensidão e tempo de vida. E diversas coisas ainda são segredos para nós. Cientistas descobrem, diariamente, diversas coisas, como por exemplo novas espécies de animais, plantas. Além deles, os arqueólogos buscam objetos perdidos, que possam ajudar a decifrar o passado.

 

Quando falamos sobre continente perdido, logo, nos vêm à cabeça, Atlântida. É claro que uma civilização antiga, com tecnologia avançada, parece algo totalmente surreal. Mas existe quem acredita que seja real. Cientistas descobriram um continente perdido, mas não foi Atlântida.

 

A descoberta foi de um remanescente lascado da crosta continental da Terra , de milhões de anos atrás. Ele estava incorporado ao deserto isolado do norte do Canadá. A Ilha Baffin, fica entre o Canadá e a Groenlândia. E é bastante grande. Ela cobre uma área de 500 mil quilômetros quadrados, o que dá a ela o status de quinta maior ilha do mundo.

 

Essa ilha faz parte do mais novo território reconhecido pelo Canadá. E a nova descoberta mostra que ela tem laços não revelados, que vão muito atrás no tempo, até os dias de hoje. Ela tem uma força vital, chamada pelos geólogos de éon, muito distante.

 

Quando os pesquisadores analisaram amostras das rochas ígneas, que foram perfuradas nos trechos ao sul da ilha de Baffin, eles conseguiram ver uma assinatura mineral na rocha, que não esperavam encontrar.

 

“Os kimberlitos são foguetes subterrâneos que capturam passageiros a caminho da superfície. Os passageiros são pedaços sólidos de rochas nas paredes que carregam uma riqueza de detalhes em condições muito abaixo da superfície do planeta ao longo do tempo”, explica a geóloga Maya Kopylova, da Universidade da Colúmbia Britânica.

 

Descoberta

De acordo com a equipe, rochas de kimberlita, como essas, são formadas a uma profundidade abaixo de 150 quilômetros e são levadas até a superfície, por forças geológicas e químicas.

Geologicamente, esses componentes mostram o fim de uma dispersão colossal. Basicamente, algo que aconteceu aproximadamente 150 milhões de anos atrás, durante a fenda da placa continental do Craton do Atlântico Norte (NAC).

O NAC são pedaços de rocha litosférica datadas de bilhões de anos atrás. E representam algumas das melhores exposições da primeira crosta continental da Terra. Há milhões de anos, a NAC foi dividida em fragmentos e exposta na Escócia, Labrador e Groenlândia. E não era esperado encontrar na Península Hall de Baffin Island.

 

“A composição mineral de outras porções do Craton do Atlântico Norte é tão única que não houve dúvida. Foi fácil amarrar as peças. Cratons antigos adjacentes no norte do Canadá, no norte do Quebec, no norte de Ontário e em Nunavut, têm mineralogias completamente diferentes”, explicou Kopylova.

 

Resultados

Até chegarem em sua descoberta, a equipe usou várias técnicas para a análise como petrografia, mineralogia e termobarometria. Os resultados mostram que o manto de Chidilak se assemelha com as rochas NAC do oeste da Groenlândia, em termos de composição a granel e química mineral.

 

“Concluímos que o manto de Chidliak demonstra uma afinidade com apenas um bloco adjacente de manto cratônico, o NAC. Interpretamos essa semelhança como indicando a antiga coerência estrutural da litosfera cratônica do bloco da Península Hall e o cráton do NAC antes da divisão subsequente em fragmentos continentais separados”, explicaram os autores em seu artigo.

 

“Com essas amostras, podemos reconstruir as formas dos continentes antigos com base em rochas mais profundas do manto. Agora podemos entender e mapear não apenas a camada mais fina da Terra que compõe um por cento do volume do planeta, mas nosso conhecimento é literal e simbolicamente mais profundo”, conclui Kopylova.

 

Fonte: Fatos desconhecidos.


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