O sol é a estrela central do nosso Sistema Solar. E todos os outros corpos desse sistema, como por exemplo planetas, planetas anões, asteroides e cometas giram em torno dele. Além disso, ele é um dos grandes responsáveis pela existência de vida em nosso planeta.

 

Várias já foram as expedições e estudos para tentar entender o sol e como ele funciona. Ele tem um ritmo e passa por diferentes ciclos de atividade. Desses ciclos, o mais conhecido deve ser o ciclo de Schwabe, que tem a duração de 11 anos.

 

Para entender os outros ciclos, o sol deixa algumas pistas escondidas nos anéis das árvores. Aproximadamente há 400 anos, os astrônomos começaram a observar o sol com os telescópios recém-inventados. Dessa forma, eles viram as manchas solares indo e vindo e começaram a registrar a aparência e dissipação. Mesmo fazendo anotações, eles não tinham ideia do que aquilo significava.

 

Contudo, essas observações ensinaram sobre a atividade do sol. E quanto mais machas solares existirem, mais coisas estarão acontecendo dentro do sol. No entanto, existem outros ciclos de duração maior que afetam a Terra e o clima do planeta.

 

Atividade

 

O próprio ciclo de Schwabe, de 11 anos, faz parte desses ciclos mais longos. Uma equipe de cientistas queria reconstruir o ciclo de Schwabe para entender como tudo se encaixa. Para conseguir fazer isso, eles tiveram que descobrir pistas deixadas pelo sol dentro das árvores. Essas pistas estão na forma de radionuclídeos criados por raios cósmicos.

 

Os pesquisadores foram liderados por Hans-Arno Synal e Lukas Wacker do Laboratório de Física de Feixes Iônicos da ETH Zurich. Eles rastrearam o ciclo de Schwabe até o ano de 969. Eles fizeram isso medindo as concentrações de carbono radioativo nos anéis de árvores.

 

Os resultados foram publicados em um artigo chamado “Ciclos solares de onze anos no último milênio revelados por radiocarbono em anéis de árvores”. Observar as árvores faz sentido porque elas têm a vantagem de crescerem em um ciclo anual. Por isso, a cada ano, que elas crescem outro anel é formado. E é um reflexo da produção do sol naquele ano.

 

Juntando todos esses anéis, é possível dar aos pesquisadores uma imagem precisa da atividade solar. Para esse estudo, os cientistas analisaram os arquivos de anéis de árvores da Inglaterra e da Suíça.

 

Cada anel tem uma quantidade pequena de carbono radioativo. Mas como é sabido pelos cientistas que a meia-vida do carbono 14 é aproximadamente 5700 anos, eles conseguiram calcular a concentração de átomos de C14 na atmosfera quando cada novo anel de árvore cresceu.

 

Anéis

 

Embora o carbono radioativo nos anéis das árvores não vem do sol, ele vem de raios cósmicos que atingem nosso planeta de fora do sistema solar. No entanto, o campo magnético do sol ajuda a evitar que esses raios cósmicos atinjam a Terra.

 

E quanto mais poderoso o campo magnético do sol, menos isótopos de C14 chegam ao nosso planeta para serem absorvidos pelo crescimento das árvores. Por isso, menores quantidades de C14 nos anéis das árvores querem dizer períodos de uma maior atividade solar.

 

Esse tipo de análise pode ensinar aos pesquisadores ainda mais sobre o sol. Já que existem arquivos de anéis de árvores datados de 14 mil anos nas madeiras sub-fossilizadas que ainda é rica em carbono.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


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