A pandemia do coronavírus está deixando todas as pessoas bastante assustadas e surpresas. O surto do vírus já mudou vários hábitos das pessoas, como por exemplo a maneira de tossir e se cumprimentar.

O contato com outras pessoas diminuiu de forma brusca, e não foi refletido apenas na socialização. O toque é uma coisa inerente do ser humano e principalmente de nós brasileiros. E nesse momento em que estamos vivendo, é preciso dar atenção aos nossos familiares e entes queridos.

O abraçar, fazer carinho ou massagear alguém faz bem para a sanidade mental e pode até ter poderes curativos. Além disso, estudos já comprovaram que a falta de contato físico pode afetar o desenvolvimento do cérebro e levar a distúrbios emocionais. Por isso, o toque humano é tão importante para nós.

Toque

Antes mesmo de nós nascermos, é através do toque que enviamos informações para o cérebro. Além de nós, os primatas também cuidam um do outro através do toque. Eles não fazem isso somente para se manterem limpos. Os macacos, por exemplo, se tocam para transmitirem calma, para juntar forças contra ameaças e para formar alianças.

Algumas espécies podem passar até 20% do dia se tocando. Isso mostra como o toque é importante para algumas espécies. E para os humanos, essa importância também existe.

Para nós, o toque tem muitas funções como a transmissão de emoções através de beijos e abraços. Além disso, o toque pode ter um efeito calmante e desestressante. Ele pode ajudar a tranquilizar alguém mais do que palavras de carinho. E consegue ser mais reconfortante do que qualquer palavra.

O poder do toque é tão grande que ele pode diminuir a pressão sanguínea e também a frequência cardíaca. De acordo com o visto em uma pesquisa, os abraços podem impulsionar o sistema imunológico e evitar o risco de doenças. Os casais também se sentem mais próximos e mais seguros quando se tocam com uma frequência maior.

Até mesmo entre estranhos, o toque aumenta a confiança. Estudos mostram que os garçons que interagem e tocam em seus clientes acabam recebendo uma gorjeta maior no fim das contas.

Importância

O ato de tocar desencadeia a liberação de ocitocina, que é conhecida como o hormônio do amor e do apego. Ela faz com que as pessoas se sintam conectadas e amadas. Também nos ajuda a criar vínculos com outras pessoas. Além disso, esse hormônio é uma parte integrante da nossa vida e tem um papel muito importante na maneira como nos sentimos bem.

Estudos também analisaram a importância do toque no desenvolvimento do ser humano. Vários sistemas do cérebro são ativados pelo toque. E as crianças que crescem sem esse toque não terão um desenvolvimento fisiológico ideal. Além disso, essa falta de toque pode influenciar o desenvolvimento do cérebro e acabar levando a distúrbios emocionais que podem durar a vida toda.

A pesquisa, feita pela Universidade de Berkeley, descobriu que o contato visual e um simples tapinha nas costas dado por um médico pode aumentar a taxa de sobrevivência dos pacientes que têm doenças complexas.

Outra área que o toque influencia é na confiança e generosidade. De acordo com um estudo feito pelo psicólogo Robert Kurzban, as pessoas que são tocadas são mais propensas a cooperar e compartilhar.

Terapêutico

Há milênios que o efeito terapêutico do toque é conhecido. E as massagens existem há séculos nas mais variadas culturas. Hipócrates, que é considerado o pai da medicina, disse que “o médico deve ter experiência em muitas coisas, mas certamente também em esfregar”.

A partir de 1883, os enfermeiros começaram a estudar o poder das massagens como parte do seu currículo escolar. E John Harvey Kellogg, diretor médico de um sanatório, até escreveu um manual sobre o assunto. E desde a diminuição dos sintomas negativos, até uma recuperação mais rápida, foi vista como resultado de uma pesquisa feita com pacientes hospitalizados que recebiam massagens.

Por mais que o momento não permita que nos toquemos, é sempre importante lembrar que esse hábito tem sim suas importâncias e não o perdermos com o passar do tempo ou ao fim dessa epidemia.

Fonte: MSN

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