Se você é do tipo de pessoa que já andava com álcool em gel na mochila antes da pandemia, pode ter percebido que o álcool em gel ficou melequento de repente. Ou ainda, se compararmos com as mesmas marcas com os produtos que foram produzidos no início do ano, percebemos que algo em sua composição está deixando o produto mais grudento. E claro, há uma explicação para isso estar acontecendo.
Pode ficar tranquilo, não foi só você quem notou que o álcool em gel está ficando mais melequento. Por isso, como se já não bastassem todos os outros problemas, ainda temos que lidar com um álcool gel que possui uma consistência desagradável. Além do Brasil, outros países também estão enfrentando esse empecilho e hoje, nos explicaremos o porquê.
Um ingrediente para a produção do álcool em gel está em falta
De acordo com os próprios produtores de álcool em gel, o carbopol, um tipo de carbômero usado como formador e espessante está em falta no mercado. Nesse sentido, o álcool em gel fabricado sem o carbômero continua sendo eficaz, mas possui uma consistência que pode ser logo notada.
Lembra quando o álcool em gel esteve em falta em várias regiões do país? Pois bem, um dos motivos disso ter acontecido se deu pela falta do carbopol, uma das matérias-primas do produto, no mundo inteiro. Dessa forma, por conta da alta procura pelo produto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) liberou a produção de álcool em gel utilizando um outro polímero.
Assim, mesmo com uma fórmula diferente, esse “novo álcool em gel” é igualmente eficaz e ainda apresenta melhor custo-benefício. Essa medida foi tomada para que não ficássemos sem o álcool em gel nesse momento tão delicado que estamos vivendo. Após a orientação da OMS ser anunciada, a agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adaptou o guia para aumentar a produção nacional. Essas instruções mostravam como as empresas podiam produzir o produto antisséptico com a nova fórmula e ainda mantê-lo eficaz.
Esse álcool em gel possui uma nova fórmula
De acordo com um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) que traduziu o guia, a OMS sugere o uso de outras matérias primas. Desse modo, trata-se de uma combinação de álcool 70%, que funciona para matar micro-organismos, com glicerol. Aqui, o glicerol funciona para manter a hidratação. Além disso, também há o peróxido hidrogênio, que inativa o resto das bactérias.
Com essa nova fórmula, as substâncias podem ser facilmente encontradas no Brasil. Isso porque, o país é um dos maiores produtores de etanol do mundo. Em outros casos, nos Estados Unidos, por exemplo, destilarias estão sendo resignadas para produzir e distribuir o produto para hospitais.
Também vale lembrar que o guia serve apenas para produtos de álcool em gel. Assim, ele não deve ser usado para a produção caseira. Isso porque, além de perigosa, a produção em casa não garante a eficiência do produto. Logo, ao invés de proteger contra o vírus, esse tipo de produto pode potencializar a proliferação de vírus ou infecções. Além disso, também podem causar irritação e o surgimento de alergias na pele. Em casa, por exemplo, o mais recomendado é o uso de água e sabão.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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