Olhando imagens do período da Segunda Guerra Mundial, podemos perceber que aqueles eram, de fato, outros tempos. Se pararmos para analisar algumas imagens época, percebemos que tudo estava, de alguma forma, relacionado ao conflito. No entanto, algumas coisas parecem não se encaixar. Afinal, por que Winston Churchill mandava pintar as vacas da Inglaterra nos anos 1940?
Durante a Segunda Guerra Mundial, os bombardeios alemães em solo inglês se tornavam cada vez mais frequentes. Com isso, para dificultar a identificação dos alvos, os britânicos adotaram a tática de manter as luzes apagadas durante a noite. Desse modo, a medida valia tanto para as cidades como para a zona rural. Isso evitava referências visuais úteis aos pilotos da Luftwaffe, a Força Aérea Alemã.
Uma forma de evitar acidentes em vias escuras
Nos apagões britânicos, manter tudo no escuro era vital. Entretanto, essa medida de proteção começou a trazer grandes problemas para as cidades. Isso porque, mesmo os motoristas que eram obrigados a viajar à noite, precisam fazer a viagem com o farol desligado. Com isso, acidentes de trânsito começaram a se tornar comuns. Para se ter uma ideia, o assunto dos acidentes noturnos se tornou tão preocupante, que passou superar as mortes dos ataques aéreos.
Em 1939, o cirurgião da corte inglesa noticiou sobre o número surpreendente de mortes em acidentes de trânsito. Segundo ele, “a escuridão do apagão causou mais de 600 baixas por mês entre os cidadãos britânicos, sem a necessidade da Luftwaffe se preocupar em sobrevoar os céus ingleses”.
Segundo Winston Churchill, “o poder aéreo pode acabar com a guerra, ou com a civilização”. Contudo, para evitar essa destruição, os ingleses precisavam encontrar uma nova forma de contornar a situação. Afinal, caso continuasse desse modo, eles teriam que ser preocupar com os ataques aéreos. Assim, em uma tentativa de proteger as pessoas e também as vacas da zona rural, que se mostravam grandes alvos dos carros da época, os produtores rurais começaram então, a pintar seus animais com listras brancas. Tudo para torná-los mais visíveis e evitar possíveis atropelamentos.
Muitos lugares já haviam se acostumado com os apagões
Já sendo uma prática comum da Primeira Guerra Mundial, os blackouts ou apagões partiram de um plano elaborado por Winston Churchill, em 1913. Para que a medida fosse cumprida, muitos lugares pintavam as lâmpadas de preto ou ainda quebravam elas, tudo para que ninguém acendesse nenhuma luz. Assim, novamente, a medida se tornou uma prática comum durante a Segunda Guerra Mundial. Contudo, esse se mostrou como um dos aspectos mais desagradáveis da guerra, interrompendo uma série de atividades civis e provocando um medo generalizado.
Para aqueles que precisavam dirigir durante a noite, carros também precisavam ser reformados. Desse modo, haviam painéis opacos e pinturas que tampavam fontes de luz. Além disso, semáforos também foram reformados e limites de velocidade reduzidos. Porém, além da alta taxa de mortalidade no trânsito, os apagões também trouxeram um aumento no número de mortes, roubo, estupros e atividades que envolviam gangues.
Em regiões costeiras, a resistência à medida foi mais forte. E claro, isso também resultou em um maior número de mortes por ataques aéreos. De toda forma, com o tempo, as pessoas passaram a ver os apagões como um dever patriótico e uma forma de proteger aqueles que amamos.
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.