O primeiro exoplaneta (corpo celeste que não orbita em torno do sol e não faz parte do nosso sistema solar) foi descoberto ainda na década de 1990. Depois dele, milhares de outros similares já foram descobertos além do nosso sistema. Talvez, por isso, de um tempo para cá, a descoberta de novos exoplanetas não seja mais uma notícia tão espetacular. Já que sempre se descobrem novos exoplanetas pelo universo. Mas isso não quer dizer que suas descobertas não sejam importantes.
Essas descobertas podem ser extremamente interessantes. Como essa, feita pelo Very Large Telescope, Telescópio Muito Grante, do European Southern Observatory (VLT do ESO, siglas em inglês). Ele conseguiu ver diretamente, pela primeira vez, um sistema planetário com mais de um planeta.
Esse sistema é formado por uma estrela parecida com o nosso sol e mais dois exoplanetas gigantescos gasosos. E imagens de outros sistemas solares com vários exoplanetas são raríssimas. Até agora, um sistema com mais de um planeta nunca tinha sido observado diretamente. Ainda mais com uma estrela parecida com o sol.
As novas descobertas podem levar a uma compreensão melhor de como os planetas foram formados e como foram evoluindo no nosso próprio sistema solar.
“Essa descoberta (imagem acima) é uma imagem de um ambiente muito semelhante ao nosso sistema solar, mas em um estágio muito inicial de sua evolução”, disse Alexander Bohn, PhD da Universidade de Leiden, na Holanda, líder do novo estudo.
Alguns meses atrás, a ESO tinha descoberto o nascimento de um novo sistema planetário vista em uma imagem magnífica feita pelo VLT. Agora, o telescópio usou o mesmo instrumento para conseguir fazer a primeira imagem direta de um sistema planetário. Ele é chamado de TYC 8998-760-1, e está ao redor de uma estrela parecida com o sol. A aproximadamente 300 anos-luz de distância de nós.
Descoberta
“Embora os astrônomos tenham detectado indiretamente milhares de planetas em nossa galáxia, apenas uma pequena fração desses exoplanetas foi fotografada diretamente. Observações diretas são importantes na pesquisa para ambientes que podem suportar a vida”, disse Matthew Kenworthy, co-autor da pesquisa e professor da Universidade de Leiden.
E a imagem direta de dois ou mais exoplanetas, ao redor da mesma estrela, é uma coisa mais rara ainda. Somente dois desses sistemas foram observados diretamente até o momento. Esses dois estavam em torno de estrelas bem diferentes do nosso sol.
Essa nova imagem é a primeira visualização direta de um sistema planetário que é parecido com o nosso e tem mais de um planeta.
“Nossa equipe agora conseguiu tirar a primeira imagem de dois companheiros gigantes gasosos que orbitam um jovem análogo solar”, disse Maddalena Reggiani, pesquisadora de pós-doutorado do KU Leuven, na Bélgica, colaboradora do estudo.
Na imagem, os dois planetas podem ser observados. E para conseguir diferenciar os planetas da estrela ao fundo, os pesquisadores tiveram que capturar imagens em momentos diferentes e então compará-las. Isso porque os planetas se movem ao redor da estrela-mãe enquanto as outras estrelas ficam estáticas.
Imagem
Os dois planetas são gigantes gasosos que giram ao redor da sua estrela-mãe, a aproximadamente entre 160 e 320 vezes a distância entre a Terra e o sol. Eles ficam muito mais longe do que Júpiter e Saturno, que são os gigantes gasosos do nosso sistema, e estão a cinco e dez vezes a distância entre o sol e a Terra.
Além disso, os cientistas descobriram que os novos exoplanetas tem uma massa muito maior do que os nossos gigantes gasosos. O planeta que se aproxima mais da estrela tem 14 vezes a massa de Júpiter e o outro seis vezes.
O sistema TYC 8998-760-1 é bem jovem. Ele tem apenas 17 milhões de anos e está na constelação Musca, do hemisfério celestial sul. Segundo os astrônomos, ele é uma versão bastante nova do nosso sol.
Os planetas mais velhos, como os do nosso sistema solar, são muito frios para serem observados usando essa técnica. Os planetas novos, no entanto, são mais quentes e brilham no espectro da luz infravermelha.
Fonte: Fatos Desconhecidos
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.