Certamente você já deve ter ouvido falar em Samuel Morse e o sistema de letras e números que ele inventou. Os pontos e traços que formam o código Morse foram usados por muitos anos como um dos principais meios de comunicação entre navios e aviões.

 

Nesse sistema, a “sigla” SOS era formada pela simples combinação de três pontos, três traços e três pontos, como você pode ver na imagem acima. Com o passar do tempo, esse código ficou universalmente conhecido como um aviso de perigo e, por ser vastamente usado na navegação, acabou sendo associado com expressões como “Save Our Ship” (“Salve nosso navio”, em tradução livre) ou “Save Our Souls” (“Salve nossas almas”, também em tradução livre).

 

Apesar dessas associações fazerem sentido, a grande verdade é que SOS não é uma sigla e não tem significado nenhum. Mas não fique decepcionado, caro leitor, pois existe uma boa explicação por trás de tudo isso.

 

O surgimento do SOS

 

Agora você deve estar se perguntando de onde as pessoas tiraram que SOS – que não tem significado nenhum – indica um sinal de perigo, não é mesmo? Pois saiba que essa combinação de letras foi escolhida para um aviso tão importante justamente por sua simplicidade. Fácil de lembrar e fácil de ser entendida, a sequência de pontos e traços foi sugerida na segunda Conferência Radiotelegráfica de Berlim em 1906.

 

Logicamente, nem todas as pessoas aderiram ao novo código logo em seguida. Antes do SOS, o chamado vastamente utilizado era CQD. Essa combinação surgiu em 1904, quando Guglielmo Marconi usou o chamado geral britânico (CQ) e adicionou a letra D para indicar “perigo” (“distress”, em inglês).

 

Assim como aconteceu com o SOS, as pessoas associaram o chamado de CQD com “Come Quick Danger” (“Venha Rápido Perigo”, em tradução livre), mas na verdade o código poderia ser interpretado como “Todas as estações, perigo”.

 

Por ser uma combinação simples e quase impossível de ser confundida, o SOS foi oficializado em 1908. Mesmo depois disso, os dois códigos continuaram sendo usados por algum tempo. Uma prova disso é o sinal enviado pelo Titanic, que naufragou em abril de 1912, e que utilizou tanto o SOS quando o CQD em seu pedido de socorro, como podemos ver nessa simulação da rádio transmissão do navio:

 

 

Fonte: Mega Curioso


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