Postado por Redação Instituto Pinheiro em 18/03/2019 - 09:29:47
Todos os dias pessoas entram em seus carros e viajam para outras cidades, sejam elas próximas ou distantes. Hoje os automóveis são preparados para isso e até mesmo seus tanques de gasolina tem maior autonomia. Entretanto, você já parou para pensar na primeira viagem feita inteiramente de carro?
Tudo começou no dia 5 de agosto de 1888 quando Bertha Benz, aos 39 anos, pegou seus filhos Richard (13) e Eugen (15), os acomodou em um Patent-Motorwagen Modelo III e seu contar a seu marido, o engenheiro por trás do automóvel, viajou de forma ilegal de Mannheim até Pforzheim. Esta foi uma viagem que marcou a história, isto porque até então os poucos automóveis existentes eram utilizados apenas para percorrer curtíssimas distâncias e muitas vezes nem chegavam ao destino sem uma parada no mecânico mais próximo.
Porém Bertha teve coragem e seguiu as marcas das carroças para percorrer 106 km de estrada. Na época ela tinha dois objetivos, o primeiro era visitar sua mãe e o segundo era provar que até então seu marido não estava divulgando corretamente seu invento, ela queria provar que o automóvel criado com tanto investimento de ambas as partes poderia ser um grande sucesso comercial, a ideia era dar a confiança que Karl Benz precisava para seguir seu trabalho.
Bertha era uma empreendedora nata e utilizou boa parte de seu dote para investir em uma empresa de fundição que rendeu lucros excelentes. Dois anos depois ela conheceu o engenheiro Karl Benz em uma excursão junto com sua mãe e ficou muito curiosa sobre a carruagem sem cavalos de que ele tanto falava.
Então a jovem casou-se com ele e, em função das leis da Alemanha da época, acabou perdendo seu poder legal como investidora, sendo ele transferido para seu marido. Após o casamento, Karl – que estava falido – utilizou o dote de sua esposa para investir na Benz & Cie. Juntos, o casal passou fome, foi humilhado publicamente e perderam muito dinheiro, entretanto perseveraram no invento e também em seu registro de patente.
Mas voltando a primeira viagem de automóvel, Bertha saiu de Mannheim de manhã cedo e no caminho foi resolvendo diversos assuntos, o que demonstrou a capacidade técnica do carro que não possuia tanque adicional e exigiu a criatividade de Bertha para chegar a seu destino.
Quando o combustível terminou ela precisou parar em uma farmácia para comprar benzina e fazer o veículo rodar, assim fundando o primeiro posto de combustível do mundo (isso mesmo, a farmácia foi o primeiro posto de combustível da história!). Ao longo do percurso foi preciso limpar o cano de combustível e para isso ela utilizou o alfinete de seu chapéu. Também foi preciso utilizar sua cinta-liga para isolar o sistema.
Fonte: TriCurioso.
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