Realizar radiografias de tórax em adultos diagnosticados com Covid-19 que chegam à emergência pode ajudar os médicos a prever quem tem mais riscos de desenvolver complicações graves. Isso foi o que descobriram os profissionais do Hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos, que publicaram um artigo sobre o assunto nesta quinta-feira (14) na Radiology.
“Este é o primeiro estudo analisando como podemos usar radiografias de tórax da sala de emergência para prever como os pacientes com Covid-19 ficarão doentes”, disse Danielle Toussie, líder da pesquisa, ao News-medical.net.
Os especialistas analisaram os raios-x de 338 pacientes com idades entre 21 e 50 anos que foram internados na instituição entre 10 e 26 de março. Eles também consideraram informações sobre a saúde das pessoas, como a pré-existência de asma, diabetes, hipertensão, HIV e obesidade.
Os pesquisadores se concentraram na radiografia de tórax de cada paciente para examinar os padrões da infecção pelo novo coronavírus nos pulmões, observando as opacidades (marcas brancas circulares associadas à Covid-19) e onde elas se localizavam. Então, os cientistas dividiram os raios-X em seis zonas e desenvolveram um sistema de pontuação de zero a seis para quantificar a gravidade da doença (sendo zero pouco grave e seis muito grave).
Pacientes com maior “pontuação” tiveram 6,2 vezes mais chances de serem internados e 4,7 vezes mais chances de serem intubados. Além disso, homens e pessoas obsesas foram mais propensos a serem hospitalizados.
“Essas descobertas ressaltam como a Covid-19, apesar de suas muitas manifestações, é em grande parte uma doença respiratória e as alterações pulmonares identificáveis na radiografia são um preditor primário da progressão da doença”, afirmou o pesquisador Adam Bernheim, em comunicado. “Este trabalho é fundamental para demonstrar o papel da radiologia não apenas no diagnóstico, mas também na previsão, triagem e estratificação de pacientes com a Covid-19.”
Fonte: Revista Galileu.
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