Já adianto: o assunto é polêmico! Aliás, tornou-se polêmico pois o uso da testosterona tanto em homens quanto em mulheres aumentou significativamente na última década, principalmente para fins estéticos. De fato, quando pensamos em testosterona nas mulheres, nos vem à mente aquelas supermasculinizadas e musculosas, que fazem uso abusivo de esteroides anabolizantes. Porém, muita gente ainda não sabe a importância que esse hormônio tem na vida da mulher, claro, quando em níveis ideais.
A testosterona é considerada um hormônio masculino pois seus níveis sanguíneos no mesmo são de 20 a 30 vezes maiores que nas mulheres. Contudo, trata-se de hormônio que todas nós, mulheres, produzimos e ele é tão importante para nós quanto para os homens. E com o passar do tempo, seus níveis sanguíneos vão diminuindo progressivamente.
O estresse, o sedentarismo, o uso de anticoncepcionais e a alimentação irregular são alguns fatores que levam à diminuição da testosterona em mulheres jovens, passando a apresentar, por exemplo, sintomas como fadiga, falta de libido, ganho de peso, dificuldade no ganho de massa muscular. Após a menopausa a produção da testosterona cai significativamente, levando a uma piora desses sintomas. Muitas vezes a mulher queixa-se de um cansaço intenso, associado a um desanimo inexplicável e até uma depressão. Passa a tomar medicações com efeito em sistema nervoso central, como antidepressivos ou ansiolíticos, e não apresentam melhoras, necessitando de doses cada vez mais altas e sem grandes mudanças. Quando na verdade seu problema maior poderia ser uma simples deficiência hormonal que deixou de ser avaliada.
A testosterona em níveis ideais traz inúmeros benefícios. A mulher se sente mais disposta no dia a dia e também para praticar atividade física, leva ao aumento da massa muscular, melhora libido sexual, ajuda a emagrecer, eleva capacidade de memória, tem efeito antidepressivo, efeito cardioprotetor e aumenta massa óssea. E vale ressaltar também que seu excesso pode apresentar sintoma em mulheres como aumento da acne, queda de cabelo, pele oleosa, alteração da voz e aumento de clitóris.
Atualmente ouvimos falar muito em reposição hormonal na mulher, trata-se de uma terapia muito efetiva para tratar a falta ou diminuição de alguns hormônios do nosso organismo, inclusive a testosterona. Porém, devemos tomar cuidado. Uma avaliação rigorosa e detalhada deve ser feita pelo médico, para que o mesmo possa avaliar se de fato há uma deficiência desse hormônio e, assim, recomendar ou não a terapia de reposição com testosterona (TRT). Apesar dos inúmeros benefícios da TRT, existem contraindicações, sendo que algumas são absolutas, ou seja, sob hipótese alguma deve-se fazer reposição com testosterona, por exemplo, se você tiver histórico pessoal ou familiar de câncer de mama ou útero.
Por isso, mulheres, fiquem atentas aos seus sintomas, vão ao médico e façam seus exames regularmente. Alimentar-se bem, praticar atividade física, ter uma noite de sono reparadora são ótimas maneiras de retardar a queda de testosterona.
Fonte: Revista Marie Claire
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