O arqueólogo Adam Kedzierski, do Instituto de Arqueologia e Etnologia da Acadmia Polonesa de Ciências, descobriu de uma forma bastante inusitada um tesouro medieval cheio de artefatos valiosos que ajudam a contar a história da região.
O tesouro estava em um milharal que fica nas dependências do vilarejo de Sluszków, que fica na região oeste da Polônia. Ele é composto de cerca de 6.600 itens, que estavam enrolados em um tecido de linho e depositados em uma urna de cerâmica.
O tesouro
Do total de itens descobertos no vilarejo, 6.500 são moedas de prata — na maioria conhecidas como “cruz denarii”, com um desenho de uma cruz e datadas do final do século XI ou início do século XII.
As mais raras trazem uma ilustração de Sieciech, um estadista que serviu a um duque polonês entre 1079 e 1102. Porém, moedas em circulação em regiões que hoje pertencem à Alemanha, Dinamarca, Hungria e Tchéquia também foram encontradas.
Além disso, quatro aneis de ouro estavam no tesouro, inclusive um de casamento. Um deles traz uma inscrição em cirílico sobre uma mulher: “Deus, que você ajuda a sua serva Maria”. Barras de prata e fragmentos de chumbo também fazem parte da coleção.
Quase sem querer
A forma da descoberta do tesouro é tão interessante quanto os objetos em si. Originalmente, Kedzierski visitou o vilarejo de Sluszków em novembro de 2020 com um objetivo totalmente diferente: saber mais a respeito de outra escavação que levou a descoberta de artefatos medievais na mesma região, por volta de 1935. A ação foi pouco documentada e ele estava em busca de informações.
Ao conversar com um padre da região, ele ficou sabendo que havia na vila boatos sobre outro tesouro enterrado nas proximidades de um milharal. Com uma equipe composta por bombeiros e usando detectores de metal, o arqueólogo encontrou a urna — enterrada a uma profundidade de apenas 30 cm e nunca antes escavada.
Os pesquisadores que descobriram o tesouro agora vão analisar cada peça para determinar exatamente a data de cada objeto e também quem era o dono dos artefatos. As suspeitas até agora recaem sobre Zbigniew, Duque da Polônia, que tinha uma avó chamada Maria, e o governante Boleslau III, O Boca Torcida, com uma cunhada de mesmo nome.
Fonte: Mega Curioso.
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