Ainda sob o comando de Donald Trump até o dia 20 de janeiro, o governo dos Estados Unidos adicionou a fabricante Xiaomi na lista de “companhias militares e comunistas da China” mantida pelo Departamento de Defesa. Isso significa que a popular marca de eletrônicos pode ter a atuação limitada ou até impedida no país.
De acordo com a Reuters, o próximo passo da ordem executiva é uma espécie de ultimato, que está marcado para o dia 11 de novembro de 2021, prazo determinado pelo governo para que as empresas tidas como suspeitas cortem totalmente laços com o país (incluindo investidores e marcas parceiras) ou sejam separadas, ganhando um braço norte-americano que seja independente.
Ao menos por enquanto, não foram oficializadas acusações a respeito da atuação da Xiaomi nos EUA. Entretanto, todas as companhias chinesas de tecnologia na lista são acusadas de espionagem a mando do governo local e vistas como um risco para a segurança nacional.
Mais suspeitas
A lista de empresas suspeitas foi criada em junho de 2020 e tem como principal nome a Huawei, em atrito com os EUA desde a metade de 2019. Atualmente, a fabricante está impedida de operar no país e perdeu diversas parcerias com fornecedoras em eletrônicos, incluindo até a licença para usar o Android.
O TikTok também foi considerado uma empresa suspeita em uma ação diferente, mas o governo Trump não conseguiu fazer com que a rede social comercializasse a divisão norte-americana. Ao menos por enquanto, o app não será mais banido por lá.
A Xiaomi é atualmente a terceira maior fabricante de celulares do mundo, ultrapassando a Apple no final de 2020. A empresa está listada na bolsa de valores de Hong Kong e sofreu uma queda de 10% nas ações após o comunicado.
Ainda não se sabe exatamente como a administração do presidente-eleito Joe Biden vai agir a respeito da perseguição contra empresas chinesas atuantes no país.
O que diz a Xiaomi?
Em um comunicado enviado ao site The Verge, a Xiaomi afirma que “opera em conformidade com as leis relevantes e jurisdições regulamentares nos locais em que mantém negócios”, e que “não é controlada, chefiada ou afiliada a militares chineses e nem é uma ‘empresa comunista militar chinesa’, como diz a documentação”. Ela ainda vai avaliar a situação antes de tomar alguma atitude.
Fonte: TecMundo
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