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Sabe aquele queijo redondo, cremoso por dentro e bastante utilizado em biscoitos norte-americanos? Parece o queijo brie, mas trata-se do camembert, também consumido com um bom vinho tinto.

 

Sua composição mais original (e saborosa) vem da região da Normândia, norte da França, mas, devido a muitas batalhas entre produtores rurais locais, este tipo de queijo pode estar com os dias contados.

 

Extinção do queijo camembert

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Atualmente, apenas 4% das 360 milhões de fôrmas de camembert produzidas anualmente são elaboradas pelos métodos tradicionais.

 

Com o passar dos anos, pequenos produtores foram ‘engolidos’ por indústrias que formularam um jeito de produzir o camembert em série, com uma casca mais rígida e uma textura mole e borrachuda.

 

Por conta disso, especialistas chamam atenção para um fenômeno que pode ser irreversível: o verdadeiro queijo camembert pode entrar em extinção, devido ao interesse de grandes empresas – e a diminuição de seus fiéis produtores.

 

Camembert original x pasteurizado

Em 2007, pequenos produtores do queijo camembert se sentiram ameaçados quando grandes empresas se interessaram em fabricar a iguaria de forma pasteurizada – ou seja, com leite fervido, em um processo mais barato, já que o leite pode ser extraído de diversas fontes para fabricar o queijo em lotes maiores.

 

O resultado: um queijo mais duro, de pouca maciez por dentro e gosto menos apurado.

Até aí tudo bem. Contanto que houvesse distinção entre o queijo camembert pasteurizado e o camembert original, que é produzido por vacas especificamente criadas na região da Normândia, alimentada com capim e feno do pasto local, a concorrência era livre.

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A diferença é que a produção original, com leite cru, recebe um rótulo francês de qualidade chamado “AOC” (sigla para o termo francês “de origem protegida”).

 

Desde 1983 este selo garante que sua fabricação vem originalmente da Normândia. É assim que enólogos, chefs, críticos gastronômicos e outros profissionais reconhecem pela embalagem a qualidade de um camembert original, feito em seus métodos mais tradicionais.

 

O problema começou quando as grandes indústrias foram brigar na justiça pelo direito de garantir o selo “AOC” aos queijos camembert pasteurizados.

 

Depois de meses de batalha judicial, a corte francesa favoreceu os pequenos produtores de queijo. Ficou assegurado, então, que somente produtores da Normândia poderiam comercializar o camembert com o selo “AOC”.

 

Porém, no meio desse processo, muitos pequenos produtores decidiram vender suas marcas, fazendo com que a indústria ampliasse ainda mais seu domínio no mercado.

 

Preço do camembert original

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Mesmo com a vitória dos mais ‘puristas’ nos tribunais, nada impede que haja possíveis confusões ao comprar queijos camembert. Isso porque as grandes indústrias podem utilizar sem problemas no rótulo a descrição “camembert fabricado na Normândia”, mesmo que se trate de uma produção pasteurizada.

 

Além da diferença de sabor, existe uma grande diferença de preços.

 

Marcas conhecidas nas gôndolas dos supermercados, como Polenghi, Presidente e Faixa Azul (da Vigor), comercializam o camembert pasteurizado com preços entre R$ 25 e R$ 30 por 230g.

 

A mesma quantidade de um camembert com selo “AOC” é duas vezes mais caro, ultrapassando a média de R$ 70. Ah, e ele só pode ser encontrado em empórios que vendem queijos importados.

 

Fonte: Vix.com


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