A primeira bateria de testes realizados com a vacina contra o novo coronavírus produzida pela empresa de biotecnologia Moderna foi um sucesso. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (18) por representantes da instituição, em parceria com membros do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
Os testes focaram em analisar a segurança do medicamento, o que significa que os resultados ainda não mostram se a vacina impediria as pessoas de contraírem a Covid-19. A Moderna pretende começar a próxima fase de testes ainda em julho deste ano — o intuito é ter a droga pronta até o próximo outono do Hemisfério Norte (primavera por aqui).
De acordo com os representantes da empresa, o estudo envolveu 45 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 55 anos. Eles foram separados em três grupos aleatoriamente e cada um recebeu duas injeções com alguma das três doses do medicamento proposto: 25 microgramas, 100 microgramas e 250 microgramas. Todos os participantes desenvolveram anticorpos detectáveis contra o novo coronavírus.
Os 15 voluntários que receberam a dose mais fraca da vacina apresentaram anticorpos no sangue em níveis semelhantes aos das pessoas que se recuperaram da Covid-19. Enquanto isso, dez representantes do segundo grupo apresentaram níveis mais elevados de anticorpos — o que, inicialmente, é uma boa notícia. Por fim, do grupo que recebeu a dose mais alta, três dos integrantes tiveram efeitos colaterais graves — mas não com risco de vida.
A empresa de biotecnologia usa uma plataforma tecnológica chamada RNA mensageiro (mRNA) para criar candidatas à vacina. Seus cientistas usam apenas o código genético do vírus, e não suas amostras vivas, como é mais tradicional.
Como informaram os representantes da Moderna, a empresa também testou o medicamento em camundongos, que depois foram expostos ao Sars-CoV-2. Segundo os especialistas, a vacina teve resultados iniciais parecidos com os observados em humanos e, em análises avançadas, chegou a impedir a replicação viral nos pulmões dos ratos.
“Estamos investindo para ampliar a fabricação, a fim de maximizar o número de doses que poderemos produzir [quando a vacina estiver pronta], para ajudar a proteger o maior número possível de pessoas da Sars-CoV-2”, disse Stéphane Bancel, diretor da Moderna, em comunicado.
Fonte: Revista Galileu.
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