Cientistas do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, desenvolveram uma potencial vacina para o quatro tipos de vírus ebola que afetam seres humanos. A descoberta foi compartilhada pelos especialistas em um artigo publicado na última quinta-feira (16) no Journal of Virology.
De acordo com os pesquisadores, o medicamento passou por testes pré-clinicos e comprovou ser eficaz contra os quatro vírus causadores da doença. A vacina também pode ampliar e estender a durabilidade da imunização induzida por outros medicamentos que já estão sendo testados para o tratamento da enfermidade.
O mundo começou a prestar mais atenção a essa doença quando um surto afetou países da África Ocidental, entre 2013 e 2016. Desde então, o número de casos diminuiu, mas alguns países continuam seriamente afetados pela a doença, como a República Democrática do Congo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, desde o início do surto no país, em agosto de 2018, quase 3500 pessoas morreram. Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) informam que, em 2020, o número de casos registrados por semana diminuiu drasticamente.
A expectativa das autoridades locais era declarar o fim do surto na última segunda-feira (13), mas o aparecimento de um caso de ebola no dia 10 de abril cancelou os planos do governo. “O surto ainda não terminou e há uma necessidade contínua de vigilância”, escreveu o MSF em seu site.
Nova abordagem
Em estudos anteriores, cientistas de todo o mundo focaram em uma glicoproteína do virus Zaire ebola, que pode ser transformada um vetor viral vivo modificado. Quando essas moléculas são administradas em um paciente, elas induzem repostas imunológicas contra a glicoproteína do ebola, protegendo a pessoa contra o microrganismo.
A nova vacina adota uma outra abordagem, de acordo com o estudo. Os pesquisadores projetaram uma partícula bivalente e semelhante ao tipo esférico do vírus ebola. Essas duas glicoproteínas geneticamente diversas são inseridas em um núcleo redondo e então incorporadas ao medicamento.
Segundo os cientistas, isso faz com que a vacina funcione estimulando respostas imunológicas contra os diferentes códigos genéticos do ebola. O resultado é a produção de anticorpos para as quatro variedades da doença.
“Isso pode ser um avanço significativo no esforço global para prevenir ou controlar surtos de ebola, especialmente se essa vacina, usada sozinha ou em combinação com outra, resultar em imunidade protetora a longo prazo e durável contra diferentes vírus do ebola”, disse Karnail Singh, que participou da pesquisa, em comunicado.
Fonte: Revista Galileu
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