samba

1. Foi na Rua Visconde de Itaúna, próximo à Praça Onze, que nasceu o samba. Uma roda de amigos improvisava versos na casa de uma das moradoras do morro, a tia Ciata (Hilária Batista de Almeida).

 

2. Em 6 de agosto de 1916, o grupo criou o samba carnavalesco O Roceiro, que caiu no gosto do povo. Donga, um dos participantes, resolveu registrar a canção em seu nome, com o título de Pelo telefone. Quando ela foi gravada, em 27 de novembro de 1916, os outros integrantes do grupo – Germano Lopes da Silva, Hilário Jovino Ferreira, João da Mata, Sinhô e tia Ciata – reivindicaram direitos pela composição. Donga contestou essa versão. A música é considerada a primeira do gênero samba.

 

3. O nome “samba” vem de uma língua africana chamada banto, falada em Angola. Há duas versões para sua origem: ou ele deriva do termo semba (bater umbigo com umbigo), ou é uma junção de sam (pagar) e de ba (receber). Nas antigas rodas de escravos se praticava a umbigada, dança em que dois participantes davam bordoadas um no baixo-ventre do outro.

 

4. A palavra samba foi utilizada pela primeira vez em 1838, pelo frei Miguel do Sacramento Lopes da Gama. O nome apareceu em uma quadrinha publicada na revista pernambucana “Carapuceiro”. Na ocasião, o termo foi usado para distinguir um dos tipos de música introduzidos pelos escravos africanos – ainda não era o samba que conhecemos hoje.

 

5. Na década de 1920, o samba começou a se firmar no mercado cultural do Rio de Janeiro. Surgiam as primeiras indústrias nacionais de discos, e os bailes carnavalescos estavam em alta. Os compositores Sinhô e Caninha foram os primeiros a entrar na cena.

 

6. Em 1930, surgem Noel Rosa e Ary Barroso, que levam o ritmo popular às classes médias. É também nessa época que são criadas variações do samba como samba-canção, samba-choro, samba de breque e samba-enredo.

 

7. Com o advento da globalização, elementos norte-americanos são aos poucos inseridos na cultura brasileira. Um dos resultados disso é o surgimento da bossa-nova, que mistura samba com jazz e blues. Destacam-se Tom Jobim e João Gilberto.

 

8. O samba rural designa um conjunto de sambas que eram praticados no interior do Estado de São Paulo e em sua capital. Foi uma invenção dos negros escravos e ex-escravos, que costumavam executá-lo durante as romarias feitas em devoção a São Benedito e outros padroeiros. Reunidos nos barracões, onde se alojavam, eles promoviam disputas de improviso musical entre pessoas de cidades diferentes ao som de uma espécie de zabumba e de outros instrumentos de percussão. As letras falavam de coisas do dia-a-dia, e continham dois ou quatro versos, que eram repetidos até que alguém entendesse a mensagem e respondesse. Uma dança de fileira acompanhava o batuque. Homens e mulheres se dividiam, e enquanto um grupo avançava, o outro recuava.

 

9. Segundo alguns pesquisadores, é a influência do samba rural no samba tocado hoje nos Carnavais paulistanos que explica o fato de ele ser mais acelerado do que o carioca. A referência mais antiga ao ritmo está presente em um documento escrito em uma fazenda de Piracicaba em 1856.

 

10. Na capital paulista, o samba rural se misturou ao carioca e resultou no cordão, um tipo de bloco carnavalesco. Algumas das escolas de samba de São Paulo surgiram de cordões. Entre elas estão o Camisa Verde e Branco e o Vai-Vai. Os cordões desapareceram na década de 1960, quando os desfiles das escolas foram oficializados segundo os moldes do Carnaval do Rio de Janeiro.

 

Fonte: Guia dos Curiosos


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