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Não é novidade para ninguém que a Globo detém uma certa primazia perante o público quando se trata da TV aberta no Brasil. No entanto, muitas vezes a “vênus platinada” errou feio a mão e levou ao ar atrações que passaram longe do gosto popular.

 

Atualmente, a emissora sente isso na pele todas as terças-feiras, e em dose dupla, com a dobradinha das séries nacionais Cidade Proibida e Filhos da Pátria em sua linha noturna de shows. As duas atrações, que já andavam mal das pernas quando pegavam rabeira no Ibope da reta final de A Força do Querer, viram sua audiência despencar ainda mais com o término da novela de Glória Perez. Em um dos casos mais graves, Filhos da Pátria chegou a perder a liderança para A Fazenda, reality da Record.

 

Não é a primeira vez que o canal dos Marinhos sofre para emplacar um seriado em sua grade, no horário nobre ou fora dele. A seguir, listamos outros 10 grandes fracassos da Globo nesse formato tão consagrado nos moldes americanos, mas que ainda sua para encontrar seu lugar na TV brasileira.

 

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Supermax (2016)

 

A primeira – e, pelo jeito, última – série de terror produzida pela Globo estreou cheia de expectativas, tanto da emissora quanto do público. Mas bastou a atração entrar no ar para todo esse oba-oba vir abaixo.

 

O telespectador não se identificou com a proposta sobrenatural da obra de Marçal Aquino eFernando Bonassi, que misturava o universo dos reality shows com toques de suspense, mistério e até satanismo. A audiência, que já começou ruim, na faixa dos 15 pontos, caiu para 9 nos episódios finais, e Supermax se despediu sem deixar saudades para quase ninguém – muito menos para o canal carioca.

 

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A Fórmula (2017)

 

Elogiada pela crítica, A Fórmula não gozou da mesma acolhida junto ao grande público. A bem delineada atração escrita por Marcelo Saback e Mauro Wilson atingiu média geral de 15 pontos, considerada baixa para o horário em que foi ao ar.

 

O enredo girava em torno do amor conturbado entre Angélica (Luísa Arraes / Drica Moraes) e Ricardo (Klebber Toledo / Fábio Assunção), dois cientistas que se separaram na juventude, por conta de um mal-entendido, e voltam a se reencontrar já maduros. As coisas se complicam ainda mais depois Angélica descobre uma fórmula rejuvenescedora, apresentando-se diante de Ricardo com a mesma aparência de 20 anos atrás, quando se apaixonaram.

 

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Vade Retro (2017)

 

Assim como em Supermax, a Globo usou novamente referências de terror e de satanismo para produzir esta série, mas agora em uma roupagem bem diferente: a do humor negro. O fracasso, porém, foi o mesmo: com uma audiência que caía a cada episódio, o programa saiu do ar com a pífia média de 15 pontos.

 

Escrita por Alexandre Machado e Fernanda Young, Vade Retro girava em torno do encontro entre a ingênua e religiosa Celeste (Mônica Iozzi) e o misterioso empresário Abel Zebu (Tony Ramos), disposto a tudo para “corromper a alma” da heroína.

 

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O Dentista Mascarado (2013)

 

Outra obra do casal Young-Machado que não vingou na faixa noturna da “vênus platinada”, O Dentista Mascarado foi prometida como a estreia triunfal do recém-contratado Marcelo Adnet na Globo, após anos de sucesso na MTV.

 

Na tentativa, porém, de misturar os gêneros policial e humorístico, os autores se perderam e acabaram fazendo uma das comédias mais insossas e constrangedoras já vistas no canal. Adnet, por sua vez, saiu de fininho desse fiasco e passou anos subaproveitado na Globo até se encontrar no Tá no Ar.

 

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Na Forma da Lei (2010)

 

O gênero policial – desta vez sozinho, sem humor – foi a aposta do autor de novelas Antonio Calmon para o que seria sua última incursão até agora pela dramaturgia global.

 

A trama apresentava a saga instigante de cinco amigos – Ana Beatriz (Ana Paula Arósio), Célio (Leonardo Machado), Gabriela (Luana Piovani), Ademir (Samuel de Assis) e Edgar (Henri Castelli) – para desmascar o assassinato psicopata Maurício (Márcio Garcia), assassino do noivo da primeira. Com média de 17 pontos, agradou à crítica, mas não satisfez as expectativas da emissora.

 

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Tudo Novo de Novo (2009)

 

Antes de se lançar como escritora de novelas, com a elogiada A Vida da Gente (2011), Lícia Manzo escreveu esta interessante série que traçava, por trás da história de amor entre a mãe de família Clara (Júlia Lemmertz) e o engenheiro recém-separado Miguel (Maro Ricca), um panorama dos arranjos familiares modernos.

 

Com a audiência em baixa, a atração passou por mudanças e começou a investir em temas mais polêmicos, como aborto, drogas e lesbianismo. Não adiantou, e Tudo Novo de Novo saiu do ar como um grande fracasso de público, embora elogiada por especialistas em TV.

 

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Batendo Ponto (2011)

 

Sem sobra de dúvida, um dos maiores fracassos da história da Rede Globo. A sitcom escrita por Paulo Cursino buscava abordar problemas cotidianos de qualquer trabalhador brasileiro através da rotina da secretária Valquíria (Ingrid Guimarães).

 

Mas o resultado foi todo o contrário: sem lograr a mínima empatia no espectador, o programa chegou a amargar o quarto lugar no Ibope, perdendo até para a RedeTV!, e foi cancelado após apenas sete episódios transmitidos (eram planejados ao menos 12), sem ter sequer um desfecho.

 

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uper Bronco (1979)

 

E, por falar em fracasso histórico, esse vem literalmente do fundo do baú. A comédia protagonizada pelo saudoso Ronald Golias, em sua primeira incursão solo na Globo, era uma cópia descarada – e não creditada – do seriado americano Mork & Mindy, estrelado por Robin Williams.

 

Porém, enquanto a atração dos EUA foi um grande sucesso, a versão “brazuca” teve baixa repercussão e saiu do ar cinco meses após sua estreia. O enredo girava em torno de um extraterrestre (Golias) enviado à Terra como castigo por suas estripulias e acolhido por uma bela jovem humana (Liza Vieira).

 

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S.O.S Emergência (2010)

 

A rotina de um hospital, retratada com muito bom humor, era o mote desta sitcom criada por Marcius Melhem para os fins de noite dominicais da Globo. Nomes como Marisa Orth, Bruno Garcia e Ney Latorraca integravam o elenco.

 

Mesmo com a audiência no chão, a emissora ainda tentou dar uma nova chance ao programa, permitindo-lhe uma segunda temporada no mesmo ano. Mas foi em vão, e S.O.S Emergência deixou a grade da emissora com status de fracasso retumbante.

 

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O Sistema (2007)

 

Alexandre Machado e Fernanda Young – eles de novo – conceberam esta atração como uma sátira às teorias da conspiração e de perseguição, como também aos filmes de ficção científica e ao universo nerd como um todo.

 

Com tiradas ácidas e inspiradas, O Sistema ganhou o respeito da crítica, mas não o apreço da audiência, que ignorou o programa. Saiu do ar com apenas seis episódios exibidos, tendo passado praticamente em branco na grade da “vênus platinada”.

 

Fonte: Observatório do cinema


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