Conselhos que podem te ajudar a viver um pouco melhor.

 

Todos possuem necessidades diferentes no que diz respeito à saúde mental, mas isso não quer dizer que não há algumas coisas que podem ajudar a saúde mental de praticamente todo mundo. Por isso o BuzzFeed conversou com vários especialistas para conseguir algumas dicas.

 

Claro que a experiência pessoal e a possível preexistência de doenças mentais complicam as coisas. Apesar disso, esperamos que você possa encontrar aqui alguns conselhos que o(a) ajudarão a viver um pouco melhor.

 
1. Abra-se para outras pessoas sobre seus sentimentos – os bons e os ruins.

“Quando começamos a expressar nossos verdadeiros sentimentos às outras pessoas, percebemos que a maioria de nós compartilha das mesmas inseguranças e medos.Isso diminui a probabilidade de levar tudo para o lado pessoal, pressupor algo e internalizar os comentários ou comportamentos alheios, o que reduz a necessidade de um comportamento negativo ou autodestrutivo e diminui os sintomas da depressão e ansiedade. O ideal é ser autêntico e se mostrar vulnerável as outras pessoas, compartilhando de nossos sentimentos mais íntimos.”

—Barbara Nosal, PhD, diretora clínica no centro de tratamento Newport Academy

 
2. Trate você mesmo(a), e quaisquer problemas de saúde mental que tenha que enfrentar, com compaixão.

“Na parede do meu consultório, há uma citação: ‘Se a sua compaixão não inclui você mesmo(a), ela é incompleta..’ Para a saúde mental, a compaixão é uma base sólida para abordarmos a mente, o corpo e a alma. Compaixão significa demonstrar bondade amorosa. A compaixão está no cerne da compreensão, do amor e do perdão de si mesmo(a) e de outras pessoas. 

Compaixão significa agir sem julgar nada e ninguém.

Quando encaramos nossa saúde mental dessa maneira, podemos encarar a vida como um todo com compaixão, e isso mudará o modo como percebemos o mundo e aqueles ao nosso redor.”

— Beth Rue, psicóloga e assistente social, terapeuta-chefe no centro de tratamento Summit Behavioral Health

 

3. Traga equilíbrio à sua vida sabendo quais atividades o(a) esgotam e quais o(a) recarregam – e então planeje-se de acordo com isso.
 
"Caso não saiba por onde começar, aqui vai uma ideia: faça uma lista de atividades do seu cotidiano (trabalho, tarefas domésticas, sair com amigos, esportes, supermercado etc.). Agora, ao lado de cada atividade, faça uma anotação se ela carrega ou drena sua 'bateria'. Em outras palavras, o que lhe dá energia e revitaliza mentalmente vs. o que cansa ou estressa? Caso descubra que seu dia está repleto de atividades que requerem mais energia, pense em como encaixar na sua rotina um tempinho para coisas que recarreguem sua bateria. Mude sua rotina e traga um equilíbrio à sua vida ou você corre o risco passar o tempo todo sentindo-se esgotado(a)!"â??Joanna Boyd, psicóloga e consultora clínica em Vancouver, Canadá
 

“Caso não saiba por onde começar, aqui vai uma ideia: faça uma lista de atividades do seu cotidiano (trabalho, tarefas domésticas, sair com amigos, esportes, supermercado etc.). Agora, ao lado de cada atividade, faça uma anotação se ela carrega ou drena sua ‘bateria’. Em outras palavras, o que lhe dá energia e revitaliza mentalmente vs. o que cansa ou estressa?

Caso descubra que seu dia está repleto de atividades que requerem mais energia, pense em como encaixar na sua rotina um tempinho para coisas que recarreguem sua bateria. Mude sua rotina e traga um equilíbrio à sua vida ou você corre o risco passar o tempo todo sentindo-se esgotado(a)!”

—Joanna Boyd, psicóloga e consultora clínica em Vancouver, Canadá

 
4. Não se culpe por decisões que deram errado.

“Muitas pessoas vivem arrependidas por decisões que tomaram no passado. E, sim, se tivessem as informações que têm hoje, talvez elas tivessem tomado outra decisão e evitado o problema. Mas pense a respeito. O que você sabia na época? Você teria tomado aquela decisão se soubesse que seria um erro? É claro que não. Sua decisão provavelmente foi a mais sensata de acordo com os dados que você tinha em mãos.

Não há razão para continuar se culpando. Quando você se perdoa por decisões passadas, se livra da culpa e pode se concentrar em lidar com os problemas atuais na sua vida.”

— Ryan Howes, psicólogo clínico e professor na faculdade Fuller Graduate School of Psychology 

 
5. Planeje sua vida com antecedência para que não faça planos de acordo com o seu humor, mas, sim, baseado(a) no que realmente quer.

“O planejamento das atividades implica em planejar todos os domingos à noite, por exemplo, sua semana inteira. Você estabelece horários para sair com as pessoas, praticar atividades físicas, trabalhar em seus projetos etc. Geralmente as pessoas esperam o humor melhorar ou surgir motivação para colocar isso em prática. Em vez de esperar isso acontecer, eu encorajo as pessoas a serem proativas e seguirem seus ideais. Não espere se sentir melhor, mas comece a viver melhor agora.”

—Jennifer L. Taitz, psicóloga clínica em Los Angeles, EUA

 
6. Tome um pouco de sol sempre que puder.

“Há fortes evidências de que sair de casa, nem que seja por breves períodos, pode ser benéfico. E isso também ajuda a dar um up no seu dia – você sente que já ‘realizou’ algo só por sair de casa –, e, se você aliar isso a um exercício físico, fica ainda melhor. Cinco minutinhos de caminhada antes de entrar no carro para ir para o trabalho ou de se sentar em frente ao computador (caso trabalhe em casa) podem não apenas aumentar sua motivação como também dão um tempinho para que seus pensamentos se estruturem e se organizem. Por isso é melhor resistir à tentação de ficar no celular enquanto faz isso!”

—Andrea Bonior, psicóloga clínica e autora do livro “Psychology: Essential Thinkers, Classic Theories, and How They Inform Your World” [Psicologia:
Principais Pensadores, Teorias Clássicas e Como Ela Explica o Seu Mundo, em tradução livre]

 
7. Pegue um livro e se eduque sobre saúde mental ou bem-estar emocional.
"Eduque-se. Livros como "Como Curar Suas Feridas Emocionais", de Guy Winch, ou o meu livro "The Anxiety Toolkit" [Kit de Ferramentas para a Ansiedade, em tradução livre) são um excelente ponto de partida. O que você vai tirar deles dependerá da sua personalidade e da sua necessidade. Por exemplo, se você tem muita ansiedade e exige muito de si mesmo, aprenderá técnicas específicas para isso."â??Alice Boyes, autora do livro "The Anxiety Toolkit" [Kit de Ferramentas para a Ansiedade, em tradução livre].

“Eduque-se. Livros como “Como Curar Suas Feridas Emocionais”, de Guy Winch, ou o meu livro “The Anxiety Toolkit” [Kit de Ferramentas para a Ansiedade, em tradução livre) são um excelente ponto de partida. O que você vai tirar deles dependerá da sua personalidade e da sua necessidade. Por exemplo, se você tem muita ansiedade e exige muito de si mesmo, aprenderá técnicas específicas para isso.”

—Alice Boyes, autora do livro “The Anxiety Toolkit” [Kit de Ferramentas para a Ansiedade, em tradução livre].

 
8. Seja mais seletivo(a) sobre quem procura quando precisa de ajuda, porque nem todo mundo é uma boa escolha.
â??Barbara Nosal, diretora clínica no centro de tratamento Newport Academy

—Barbara Nosal, diretora clínica no centro de tratamento Newport Academy

 
9. Pare de se comparar aos outros e se concentre em si mesmo(a).

“Eu digo aos pacientes para lembrarem que a grama do vizinho nem sempre é a mais verde. Aquele casal que você vê, que você acha que são a cara da felicidade, podem ser muito infelizes. A pessoa dirigindo aquele carro bonito e caro pode estar atolada em dívidas. Aquela pessoa que você acha lindíssima pode sofrer de autoestima extremamente baixa e se sentir atormentada por qualquer pequena mudança em sua aparência. Concentre-se em você mesmo(a) e na sua própria felicidade e não se compare aos outros.”

—Marc Romano, diretor de serviços médicos no centro de tratamento Delphi Behavioral Health

 
10. Descanse bem, cuidado com o que come e tire um tempo para fazer exercícios.

“Exercício é essencial. Fale com seu médico para descobrir qual tipo de atividade física é a ideal para você.”

—Amanda Zayde, psicóloga clínica em Nova York, EUA

 
11. Aprenda a ser “flexível” no modo como pensa e age.

“Como um músculo flexível, quanto mais flexíveis pudermos ser no modo como pensamos – e agimos –, menor a probabilidade da situação ter um impacto negativo duradouro em nossas vidas. Em outras palavras, quase sempre há diversas maneiras de interpretar as situações (com muitas dessas interpretações gerando menos emoções negativas). Similarmente, há diversas opções de como decidimos agir nessas situações (com muitas preferências comportamentais gerando resultados melhores/mais satisfatórios/menos problemáticos ).”

—Simon Rego, psicólogo-chefe no hospital Montefiore Medical Center/na faculdade Albert Einstein College of Medicine

 
12. Passe mais tempo desejando o bem para outras pessoas.

“Em vez de se deixar tomar pela tristeza, passe alguns minutos ativamente desejando o melhor para as pessoas (seja você, um colega, um estranho ou alguém que você conhece e que está passando por dificuldades). Isso pode resultar em ações produtivas e aumentar sua alegria.

Ainda relacionado a isso, o trabalho voluntário é importantíssimo para se sentir melhor e viver melhor. Você esquece seus problemas, adquire outra perspectiva e pode trazer positividade a esse mundo louco em que vivemos fazendo coisas que só você pode fazer.”

—Jennifer L. Taitz, psicóloga clínica em Los Angeles, EUA

 

13. Lembre-se que, por mais piegas que possa parecer, você vai superar isso.

“Meu conselho favorito para lidar com os altos e baixos é se lembrar que as adversidades e consequentes crises e sofrimentos emocionais que a vida nos traz são inevitáveis e temporários.

Sim, pode parecer inútil no momento, mas para pessoas que sofrem de problemas de saúde mental crônicos, como depressão ou ansiedade, isso pode ajudar a repensar situações difíceis e colocar algumas coisas em perspectiva. A vida é curta, assim como a alegria e a dor. Mas, no fim, tudo vale a pena.”

 

—Gabriela Parra, assistente social clínica na Califórnia, EUA

 

Fonte: BuzzFeed


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.