A pandemia do novo coronavírus deixou o mundo em choque. Alguns olhares otimistas esperavam que o vírus nunca chegasse em seu entorno, outros simplesmente o enxergavam como uma doença de países distantes. Mas a Covid-19 não foi seletiva e pouco a pouco se espalhou pelo globo, alcançando tanto países desenvolvidos, quanto aqueles com poucas condições para lidar com uma crise dessa magnitude.

Um país com alto número depessoas em situação de vulnerabilidade faz com que a crise econômica, a disseminação da doença e o colapso da saúde pública – maiores preocupações em meio à pandemia – tornem-se altamente reais. Infelizmente, o Brasil faz parte deste cenário.

Segundo dados divulgados em novembro de 2019 pelo IBGE, o Brasil tinha 13,5 milhões de pessoas na extrema pobreza em 2018, o equivalente a 6,5% da população. Além disso, 52,5 milhões estão na chamada linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 420 per capita por mês. Em meio à crise atual, essa situação faz com que o isolamento social, uma das medidas mais importantes para evitar a disseminação massiva do vírus, transforme-se em uma tarefa muito mais difícil de ser colocada em prática do que em outros países.

Sem dinheiro guardado, boa parte da população brasileira depende de cada dia de trabalho para sobreviver. Muitos são trabalhadores informais, autônomos ou fazem o famoso “bico” – tudo sem carteira assinada, o que significa que não há direitos mínimos assegurados. Para os formais, a crise econômica surge também como uma assombração capaz de gerar desemprego num piscar de olhos.

Para muitos, ficar em casa sem trabalhar é impossível, enquanto para outros ter uma casa nem é uma realidade. Uma pesquisa publicada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2017, com dados de 2015, projetou que o Brasil tinha até então pouco mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas. Os dados são desatualizados mas, segundo o Censo da População em Situação de Rua, divulgado pela Prefeitura de São Paulo em 2019, só na capital paulista existem 24.344 pessoas sem tetos, o que mostra que os dados do Ipea, em nível nacional, podem ser bem maiores atualmente.

Sem abrigo e informação, os moradores de rua representam uma realidade preocupante de vulnerabilidade em meio a uma pandemia tão séria. Em momentos como esse, esperar que tudo se resolva apenas com a ação do estado é utopia. As empresas das iniciativa privada sabem disso e estão agindo para ajudar pessoas e comunidades vulneráveis. Com escolas e instituições abrindo suas portas para abrigar indivíduos em situação de rua, por exemplo, companhias como o Magazine Luiza vem mostrando seu apoio. No mês passado, a gigante do varejo doou 1.000 colchões e 1.000 travesseiros para um abrigo organizado no Estádio Olímpico do Pará, na Região Metropolitana de Belém (PA).

E, se existe um lado bom nisso tudo, é que as iniciativas de solidariedade estão se espalhando como um rastro de pólvora. Com 48% da população sem acesso a coleta de esgoto, segundo dados do segundo semestre de 2019 do instituto de saneamento básico Trata Brasil, diversas companhias se uniram para doar itens básicos de higiene como sabonetes, álcool gel e até água tratada.

A questão passa, ainda, pelo fato de milhões de brasileiros não possuírem acesso à água limpa em um momento em que a higiene é uma das principais medidas para conter a transmissão da Covid-19. Para tentar minimizar o problema, empresas como a Amanco Wavin, em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), estão se mobilizando para levar 1.200 caixas d’água para moradores de comunidades da zona Sul de São Paulo que ainda não têm reservatório em suas casas.

Para o diretor comercial da Wavin, Adriano Andrade, “mais do que nunca, o abastecimento de água e o saneamento são essenciais. Os reservatórios vão evitar que os moradores fiquem sem água em situações emergenciais. Essa doação é o mínimo que poderíamos fazer para auxiliar a minimizar os impactos da pandemia na comunidade”.

Na realidade, o apoio às comunidades vai além de uma ajuda local. É um esforço nacional para tentar impedir o colapso de diversos setores da sociedade. Para João Campos, CEO da PepsiCo do Brasil, “esse é um momento que exige colaboração e resiliência. Temos a certeza de que juntos vamos enfrentá-lo, buscando as melhores soluções possíveis”.

Veja na galeria abaixo 13 empresas que estão colaborando com iniciativas de apoio às comunidades em situação de vulnerabilidade:

 


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