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O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e a Rede Kilofé de Economia de Negras e Negros realizam, no dia 3 de abril de 2016, a primeira edição da Kitanda no Dragão – Feira de Economia da Negritude, que visa, entre outros objetivos, mobilizar e dar visibilidade às iniciativas de potencial econômico da população negra no Ceará. Gratuita, a programação inclui mesa-redonda e plenária sobre Economia de Negras e Negros e Empreendedorismo Criativo, apresentações artísticas e feira de empreendedores auto-reconhecidos como negras e negros.

 

Presidente da Rede Kilofé, Luiz Bernardo Lamparina explica que o termo “kitanda”, de origem quimbundo (língua da família banta, falada em Angola), significa mercado, lugar de mercado ou feira e é também amplamente utilizado por outros povos de tradição banta. A Kitanda no Dragão será, portanto, este lugar de comercialização, divulgação de produtos e serviços, mas também espaço de formação para produtores e empreendedores, espaço de articulação, trocas e contatos para ampliação das possibilidades de negócios.

 

A Kitanda no Dragão objetiva ainda fortalecer as conquistas que a luta do Movimento Negro vem alcançando no Ceará e no Brasil, por meio da temática da Economia do Negro e/ou Afro Empreendedorismo, e fazer ecoar aqui, no Ceará, a afirmação do tema da Década Internacional do Afrodescendente 2015 a 2024, instituída pela Assembleia das Nações Unidas: Afrodescendentes – Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento.

 

Nesta primeira edição, às 9h30, no Auditório do Dragão, o braço de formação da feira apresenta a mesa-redonda Economia de Negras e Negros no Ceará: Uma Iniciativa Histórica, com Luiz Bernardo Lamparina; e Empreendedorismo Criativo, com Johnson Sales (Rede e Economia Criativa do Ceará). Após os seminários, abre-se a plenária, com ideias, compreensões e possíveis respostas para os assuntos expostos.

 

Das 14h às 20h, na Arena Dragão do Mar, será realizada a feira com exposição e comercialização de produtos e serviços de empreendedores locais com a temática das culturas das populações negras brasileiras e de matriz africana. Estão confirmados os seguintes expositores: Com Baobá, PretaBiten, Afro Nagô, Lamparina/Nandyala, Adriana de Maria, Ori Noir, Ateliê da Sil, Mulheres Criativas, Dario Mesquita, Alessandra, Museu de Bonecas de Pano, Guarderia de Meninos, Luna Confecções, Andre Valente, Pedro Jorge, Marcos e Marcas, Felly Brown, Menah Acessórios, Elaine Cristiane Alves Fernandes, Andreza Lima, Inês Artesã, Lucila Arte de Inventar Moda e Dri Acessórios.

 

Apresentações artísticas

Para encerrar a programação da primeira edição da Kitanda no Dragão – Feira de Economia da Negritude, o Grupo Nóis de Teatro apresentará, às 19h, na Praça Verde, o espetáculo “Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro”.  Vencedor do Prêmio Funarte de Arte Negra, a montagem narra a saga de um negro (Natanael) que nasce numa situação muito comum a de muitos brasileiros: vive inserido num sistema de opressão e violência e, aos 18 anos, resolve entrar pra polícia militar.

 

O Grupo apresenta uma dramaturgia épica, em que o ator narrador é o grande foco desta “tragédia afro”, que traz ainda elementos alegóricos e representativos do universo do movimento negro no Brasil e faz referência direta à mitologia dos Orixás.

 

 

Temas

 

Durante o ano de 2016, o Dragão do Mar e a Rede Kilofé vão realizar quatro edições da Kitanda no Dragão. Cada edição celebra uma data importante para o Movimento Negro na cidade. A feira do dia 3 de abril celebra os 133 anos da abolição da escravatura em Fortaleza, completados no dia 25 de março. A segunda edição – que será realizada no dia 29 de maio – homenageia os 73 anos da abolição da escravidão em Fortaleza, completados dia 24 de maio. Em referência ao Dia de Luta da Mulher Negra Brasileira e Afro-Latino- Americana e Caribenha (25 de julho) e também à Teresa de Benguela, líder quilombola do século XVIII, será realizada a terceira edição da Kitanda no Dragão, no dia 31 de julho. A última edição está marcada para o dia 20 de novembro, Dia Consciência Negra e Dia de Zumbi dos Palmares.

 

 

Apoio

A Kitanda no Dragão – Feira de Economia da Negritude tem o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), na articulação estadual de representações de expressões culturais de negros e negras, e ainda da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Ceará (Ceppir), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação dos Trabalhadores Empregados e Empregadas no Comércio e Serviço do Estado do Ceará (Fetrace), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Parceria: Mangará Instituto para o Desenvolvimento Sustentável.

 

Sobre a Rede Kilofé de Economia de Negras e Negros

 

Kilofé, palavra de origem na língua Fon, significa “o que você deseja”. Assim, designa a Rede Kilofé de Economia de Negras e Negros, que tem, por finalidade, apoiar o desenvolvimento de grupos de empreendedoras e empreendedores e de microempreendedores individuais em todas as áreas da atividade econômica, com ênfase no desenvolvimento, produção e comercialização de produtos e serviços com a temática das culturas das populações negras brasileiras e de matriz africana, tais como, artesanato, música, luthieria, alimentação, moda, beleza, religiosidade, entre outros.

 

 

Dia 3 de abril, das 9h30h às 20h, no Auditório, na Arena Dragão do Mar e Praça Verde. Acesso gratuito.

 

Fonte: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

 


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