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O velho ditado de que o café da manhã é a refeição mais importante do dia parece ter caído por terra. Com a constantes mudanças do que seria uma alimentação saudável nos dias de hoje – se uma hora o foco se volta a alimentos com baixo teor de gordura, logo em seguida a regra é cortar as porções de carboidrato -, a primeira parada do dia acabou se tornando um vilão. O jejum intermitente, que orienta começar a alimentação do dia pelo almoço, está aí para mostrar que divergências existem.

 

 

Especialistas, como o bioquímico Terence Kealey, autor do livro “Breakfast is a Dangerous Meal” (O café da manhã é uma refeição perigosa), têm se posicionado cada vez mais contrários a ele. Segundo Kealey, desistir de comer assim que acorda o ajudou a reverter sua diabetes do tipo 2. Desde 2008, então, ele deixou de fazer a primeira refeição do dia.

 

“Eu costumava comer muitos alimentos ricos em amido de manhã”, contou ao Sunday Times. “Com isso, meus níveis de glicose aumentaram de uma forma alarmante. Eu estava quase me matando com um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, como acontece com 80% dos diabéticos.”

 

Por outro lado, estudos indicam que,  enquanto o velho ditado pode não ser inteiramente verdadeiro, ou seja, mesmo que o café da manhã não seja a refeição mais importante do dia, ele pode ser  útil na manutenção de  uma dieta saudável. E a julgar pela epidemia global de obesidade, isso é algo que muita gente vem buscando.

 

“Eu diria que ele é tão importante quando o almoço e o jantar”, disse Marcela Fuiza, porta-voz da British Dietetic Association, em entrevista ao The Independent. “Pesquisas mostram que pessoas que se alimentam pela manhã  perdem peso com mais sucesso e têm reduzido os riscos de determinadas doenças, como diabetes e doença cardíaca.” O segredo está, portanto, na quantidade daquilo que está indo para o prato.

 

O primeiro passo para tirar vantagem dele, segundo a nutricionista Aisling Pigott, é comer de maneira mais limpa, “sem rotular certos alimentos como ‘bons’ ou ‘ruins’”. “Demonizar alimentos ou rotulá-los como ‘maus’, simplesmente estimula o sentimento de culpa em torno da nossa alimentação, o que não é nada útil.”

 

Isso não significa, no entanto, um passaporte para um menu rico em gorduras saturadas e açúcar. O ideal é consumir ambos com moderação. “Um grande erro que as pessoas cometem durante um esforço para fazer uma escolha saudável é, por exemplo, ingerir 500ml de suco de fruta, em vez de se satisfazer com 150ml. Ainda que seja natural, ele carrega muito açúcar e não garante a saciedade”, explica Pigott.

 

Parte do benefício proposto pelo café da manhã é psicológico, acrescenta a especialista. Além de oferecer uma oportunidade rara para um descanso e oferecer um combustível energético benéfico para começar o dia, ele ajuda a equilibrar as próximas refeições. “Muitas vezes quem o ignora acaba tendo dificuldade de reconhecer sensações de fome ou saciedade durante o resto do dia. E isso pode acarretar um excesso alimentar. Muita gente diz que não sente fome assim que acorda. Pode mesmo acontecer pela falta de costume. Mas na rotina atribulada que todo mundo vive hoje, onde é frequente almoçar em movimento, entre um compromisso e outro, o simples fato de se sentar e desfrutar uma refeição é capaz de garantir benefícios psicológicos e nutricionais.”

 

Por isso, para quem procura ajustar a dieta pela manhã, o conselho de Marcela Fuiza é simples: “combine uma proteína – ovo ou iogurte – com gorduras saudáveis – abacate – e acrescente algum grão – aveia”. Se não existe a refeição perfeita, o ideal é ao menos equilibrá-la da maneira mais saudável possível.

 

Fonte: Revista Marie Claire 

 

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