Um bom mochilão é aquela viagem que você já sabe que será econômica, num estilo mais “roots”. A gente deixa de lado algumas regalias, como banheiros privativos e refeições em restaurantes caros, em nome de novas experiências baratas e enriquecedoras. Mas isso não quer dizer que o mochileiro esteja em busca de perrengue.

 

Desde o nosso primeiro mochilão pelo litoral do Brasil em 2010, já fizemos um monte de  viagens do tipo na América do Sul, na Europa, na Ásia e até na Oceania. E podemos dizer que é possível mochilar com dignidade, gastando pouco e aproveitando muito.

 

Cidade Proibida, China

 

Como já contamos lá no 360meridianos, dá até para ter algum conforto, se você já tiver passado da fase dos quartos coletivos e pias sem água. Aqui vão algumas dicas básicas para o mochilão perfeito.

 

Torne-se o louco das planilhas

Tem gente que ama essa fase, tem gente que odeia. Mas todo mundo concorda que não dá para pegar estrada sem o mínimo de planejamento. Quer dizer, até dá. Parte da graça de mochilar é se surpreender no caminho. Só que não custa estar prevenido, caso o improviso falhe.

 

Nossa dica é que você não deixe de pesquisar pelo menos como se deslocar, que tipo de cuidados tomar no país ou na região, como anda o contexto político do lugar e qual a embaixada brasileira mais próxima. Consulte blogs e relatos de viagem, tenha planos B e C para hospedagem e alimentação.

 

Gramado

 

Mas desencane de ver tudo

É tentador o impulso de visitar 50 atrações turísticas em três dias, a gente sabe. Resista. Seja razoável na hora de planejar e assuma que vai ter que deixar algumas coisinhas para a próxima vez. Nunca se esqueça de que você está de férias, mesmo que seja um mochilão de nove meses. Deixe a correria para quem estiver ali a trabalho. E outra: às vezes uma refeição num cantinho escondido e barato da cidade vai te render memórias muito mais valiosas do que uma foto num monumento histórico igual a de outras milhões de pessoas Instagram afora.

 

Dá para fazer mochilão de mochilinha

Resista às malas grandes. Depois de um dia inteiro caminhando em busca do último hostel no fim do mundo, a bagagem vai pesar dez vezes mais. Aquela imagem do aventureiro com uma mochila gigante nas costas, com um monte de equipamentos pendurados, é bonita, mas talvez uma mala de rodinhas seja muito mais adequada para o seu porte físico e sua disposição.

 

Maragogi

 

De toda forma, dentro da bagagem vai o mínimo. Mas o mínimo mesmo. Mesmo se o mochilão for durar meses, bastam roupas para duas semanas. Ninguém vai reparar se você repetir o look. E, quando precisar, você usa máquinas de lavar que encontra pelo caminho.

 

Documentos sempre por perto

Resolver burocracias é chato quando se está em casa. Se você estiver do outro lado do mundo, então, pode ser quase impossível. Por isso, vale repetir a dica óbvia: tire cópias de todos os seus documentos, reservas, comprovantes de pagamentos, certificados internacionais.

 

Deixe tudo no celular de um jeito que dê para acessar mesmo se faltar internet. E imprima também, para garantir. Mantenha sempre seu passaporte em segurança. De preferência com você, numa doleira, junto ao seu corpo. E não perca de vista esses documentos nem para ir ao banheiro

 

Nossas recomendações não param por aí. Temos um bocado de outras dicas práticas para quem quer um mochilão livre de perrengues (só aqueles bem de leve, que se tornam histórias engraçadas).

 

Fonte: Catraca Livre


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