Felizmente, em tempos de quarentena, temos nossas séries queridinhas para maratonar no conforto do sofá, né? Uma nova pesquisa da SEMrush, empresa de makerting digital, apontou as séries de TV mais buscadas pelos brasileiros em janeiro e fevereiro de 2020 (pouco antes do período de isolamento, por conta da pandemia de covid-19, começar).
A série da Netflix Sex Education, com duas temporadas disponíveis, foi a mais pesquisada no começo do ano, com 1,6 milhão de buscas. O estudo leva em conta pesquisas no Bing e no Google. Além de uma ótima forma de entretenimento, a campeã aborda temas atuais e importantes, que, inclusive, podem fazer parte da sua argumentação nas redações dos vestibulares.
Para quem ainda não assistiu, em um resumo breve e sem spoilers, a série conta história de Otis (Asa Butterfield), um garoto inseguro e tímido, mas que sabe muito sobre sexo, na teoria, graças a sua mãe Jean (Gillian Anderson), uma terapeuta sexual.
Após ajudar e aconselhar alguns colegas em relação a questões sexuais, Otis, com o apoio de seu melhor amigo, Eric (Ncuti Gatwa) e da rebelde Maeve (Emma Mackey), decide montar uma espécie de clínica sobre educação sexual, dentro da própria escola. Nesse cenário, são formadas relações de amizade e amorosas, aparecem conflitos e reviravoltas.
Tanto na primeira como na segunda temporadas, a série usa a história dos personagens para problematizar, esclarecer e ensinar sobre sexualidade, feminismo, assédio, religião, estereótipos, amizade e aceitação. Confira mais sobre as discussões importantes tratadas em Sex Education:
Assédio e feminismo
A caminho da escola, a personagem Aimee, ao descer do ônibus, percebe que um homem ejaculou em sua calça. A jovem tenta tratar o caso como se não fosse algo grave e ignora o que aconteceu. Mas o episódio, como a maioria dos casos de assédio, deixou traumas e inseguranças na garota, que só com muita insistência das colegas vai à delegacia denunciar o ocorrido. Ela começa a sentir medo de entrar no ônibus, mas Maeve e um grupo de meninas mostram que Aimee não está sozinha, passando a acompanhá-la no transporte.
A cena das meninas sentadas no ônibus foi uma das mais marcantes da segunda temporada, ilustrando a luta feminina contra as opressões que sofrem diariamente. Assim como na vida real, muitas vezes, as vítimas não têm coragem de fazer uma denúncia ou até mesmo falar sobre o caso.
Desinformação e fake news
Como o próprio título da série indica, discute-se o quão importante é o estabelecimento de aulas de educação sexual nas escolas, para esclarecer os jovens, que estão passando por um processo complicado de descobertas e amadurecimento. Além das aulas, há exemplos mais práticos da educação sexual na escola (ou da falta dela).
Um exemplo é o surto de clamídia, uma doença sexualmente transmissível. Muitos jovens não tinham conhecimento sobre métodos de prevenção de DSTs e acreditaram que a clamídia era transmitida pelo ar, gerando desespero e nervosismo. São fake news como essa, que são compartilhadas no “mundo real” também, e que geram a tão grave desinformação no ramo da saúde. Em tempos de pandemia, como esse em que vivemos, isso é um grande problema, inclusive.
Homofobia
A homofobia, como os defensores da “cura gay”, e o bullying na escola, ainda tão presente na realidade atual, são retratados com um personagem muito querido pelo público. Eric é um dos meninos gays da escola. Além de sofrer agressões verbais diariamente, ele vivencia uma violência física traumática. Por medo, então, muda seu modo de se vestir, tentando esconder sua identidade.
Aborto
O tema polêmico e delicado sempre está em discussão na sociedade e aparece na série por meio da personagem Maeve, que passa por um episódio de gravidez indesejada e precisa abortar. A série aborda a visão da menina sem condições financeiras e psicológicas para ter um filho. Maeve, muito nova, foi abandonada pela mãe, viciada em drogas. Na porta da clínica onde vai realizar o procedimento, manifestantes antiaborto gritam e a culpam.
A terceira temporada de Sex Education deve estrear no começo de 2021, mas ainda não tem uma data definida.
Fonte: Guia do Estudante.
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