Embora o Coringa já tenha sido adaptado algumas vezes, o antagonista nunca esteve tão em alta quanto agora. Muito além de reafirmar a popularidade do nêmesis do Homem-Morcego, o filme dirigido por Todd Phillips apresenta uma nova perspectiva sobre o personagem. Não estamos querendo tirar a credibilidade daqueles que antecederam Joaquin Phoenix nos cinemas. Muito pelo contrário, se o Palhaço do Crime atingiu tamanho reconhecimento na sétima arte hoje, foi graças as portas abertas por Cesar Romero, Jack Nicholson, Heath Ledger e até mesmo pelo controverso Jared Leto. Porém, todas essas interpretações só aconteceram porque lá na década de 1940, três quadrinistas compartilharam uma ideia. Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane, inspirados pelo clássico francês O Homem que Ri, acabaram criando um dos vilões mais complexos dos quadrinhos.

 

De sua primeira aparição, na edição número 1 de Batman, até hoje, ganhando um filme solo, Coringa percorreu um longo caminho. No decorrer dos anos, vimos o palhaço cometer crimes repulsivos, ser totalmente abusivo e até mesmo morrer algumas vezes. Em contrapartida, presenciamos alguns bons momentos do personagem nos quadrinhos e admitimos que, mesmo diante de todos os problemas que ele apresenta e representa, é inevitável não nos fascinarmos por ele. Afinal, essa é a magia da coisa, existem diversos elementos que não entendemos sobre o palhaço e isso o torna extraordinário. O Coringa é literalmente o vilão mais imprevisível do universo dos super-heróis. Mais enigmático que o próprio Charada, nunca saberemos ao fundo quais suas reais motivações.

 

Isso é tão preciso que à medida em que imergimos no multiverso da DC, nos pegamos ainda mais surpresos com o palhaço. Embora seja difícil imaginar uma versão do Coringa, que não esteja promovendo o caos. Em algumas dimensões, ele é verdadeiramente nobre. Inclusive, já chegou a ter momentos de heroísmo.

 

Qual foi a coisa mais heroica que o Coringa já fez?

 

Não, você não leu errado. O plural realmente está certo. O Coringa não salvou o dia apenas uma vez, na verdade, foram cinco. O primeiro foi em The Laughing Fish, uma história publicada em 1978. O Coringa ameaça um empresário que afirmou ter descoberto a identidade do Batman. Temendo que uma revelação prejudicasse seu adversário, ele garante que nenhuma informação seja vazada. Em seguida, na série limitada White Knight de 2017, o palhaço decide se tornar o Cavaleiro Branco e passa a se redimir por seus crimes. Posteriormente, em Dark Knights: Metal, Coringa e Batman se unem para derrotar o Batman que Ri e salvam o multiverso inteiro. Mais adiante, em 2018, vemos o personagem se tornar o sensato líder de uma sociedade pós-apocalíptica em Superman: Distant Fires. Ele passa a usar sua inteligência para planejar novas cidades e protegê-las de monstros.

 

No entanto, nenhuma dessa ações é páreo para o que aconteceu na terceira edição de Catwoman Annual, em 1996. Nessa narrativa, vimos Coringa e Batman retratados de forma distorcida. O enredo gira em torno de uma temida dupla criminosa, formada por Batman e Mulher-Gato. Em contrapartida, temos o palhaço atuando como um detetive de polícia chamado Jack Bozer. Sua aparência continua a mesma, pois ele foi marcado pelo mesmo mergulho no tanque de produtos químicos. No entanto, sua sanidade e senso moral continuam intactos. Quando Morcego e Gato tentam realizar o maior crime já visto em Gotham, são frustrados por Bozer. Essa realização leva o palhaço de detetive ao comissário de polícia de Gotham City. Sim, existe um universo onde o Coringa, conhecido como personificação do caos, é o maior representante da lei e da ordem em Gotham.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


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