Dentro do século 20, existiram três grandes pandemias de gripe. São elas, a gripe espanhola, de 1918 à 1920, a gripe asiática de 1957 à 1958 e a esquecida esquecida gripe de Hong Kong, que matou mais de 1 milhão de pessoas há 50 anos, entre 1968 e 1970.

Em 1968, a gripe se tornou catastrófica. Para se ter uma ideia, em setembro daquele ano, um patógeno agressivo se espalhou pelos Estados Unidos. Depois disso, ele ficaria conhecido conhecido como a gripe de Hong Kong, local onde o primeiro caso foi identificado.

Apenas no Estados Unidos foram 100 mil mortos

Ao longo dos anos, a humanidade já enfrentou uma série de pragas e pandemias causadas por inúmeras doenças. Por exemplo, podemos citar nomes como a gripe espanhola, a peste negra e a varíola. Essas doenças deixaram milhões de mortos ao redor do mundo. Em outros casos, essas doenças causaram dor e espanto até o surgimento de uma vacina eficaz, como foi o caso da poliomelite, que atinge principalmente as crianças.

Em todos os casos, essas doenças provocaram uma redução considerável na população. Além disso, também impulsionaram progressos médicos e melhorias no sistema de saúde pública. Contudo, também causaram grandes desafios socieconômicos, como estamos vendo na atual pandemia de coronavírus, que já matou ao menos 315 mil pessoas até agora. Porém, ao invés de sermos lembrados da importância histórica dessas epidemias, algumas acabaram caindo no esquecimento e não são discutidas com a devida importância em livros de história. Assim, esse é caso da gripe catastrófica de 1968.

Segundo Anton Erkoreka, diretor do Museu Basco de História da Medicina e especialista em história das doenças, o esquecido por fazer com que venhamos a cometer os mesmos erros. “Tanto a gripe asiática quanto a gripe de Hong Kong foram esquecidas logo em seguida”, relata Anton, em entrevista à BBC Mundo. “As medidas adotadas na época não foram excepcionais, e acabou considerada apenas mais uma gripe”, afirmou Erkoreka.

Mas por que a gripe de Hong Kong foi tão agressiva?

No Natal de 1968, todos os 50 Estados dos EUA começaram a receber pacientes da doença, assim como está acontecendo com a Covid-19. Para se ter uma ideia no número de mortos que viria a seguir, Nova York decretou estado de emergência e Berlim foi obrigada a guardar cadáveres no túneis de metrô. Segundo o jornal ‘The Telegraph”, pelo menos 20% das enfermeiras de Londres foram infectadas com a doença.

Entre 1968 e 1968, mais de 1 milhão de pessoas morreram por conta da doença ao redor do mundo. Assim, segundo pesquisadores, essa foi considerada uma das cepas de gripes mais problemáticas. Bem como a Covid-19, o vírus era altamente contagiosos e letal. Contudo, a parte mais complicada estava do fato de que o vírus sofria mutações significativas ao longo do tempo. Isso fez com que ele se tornasse imune às vacinas existentes da época.

Com medidas de proteção, muitas cidades não chegaram a adotar um modelo de quarentena. Isso fez como que uma segunda onda do vírus viesse ainda mais forte em dezembro de 1969. Segundo historiadores, a doença havia sido subestimada por governantes da época. Portanto, cabe a nós não esquecer essa parte da história e evitar que os mesmos erros sejam cometidos.

 

Fonte:  G1


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