Estudo afirma que esses aplicativos têm pouca base científica. Além disso, seu desenvolvimento envolve poucas mulheres, prejudicando a precisão e a segurança

 

Pesquisadores da The Open University, no Reino Unido, sugerem que aplicativos que monitoram o ciclo menstrual são pouco precisos e podem não funcionar. Para chegar a essa conclusão, o grupo de cientistas revisou 18 estudos relevantes de 13 países que investigaram esses dispositivos.

 

A pesquisa, publicada no último dia 7 de abril na revista científica BMJ Sexual & Reproductive Health, identifica que o uso desses apps aumentou significativamente nos últimos anos. No entanto, eles são desenvolvidos com poucas evidências científicas e geralmente não há regulamentação — o que pode diminuir sua eficácia, segundo o estudo.

 

Além disso, a criação dos apps envolve poucas mulheres, também prejudicando sua precisão, já que os criadores têm pouco conhecimento sobre como elas usam a tecnologia no cotidiano.

 

“A capacidade de prever com precisão a janela fértil é importante, mas a pesquisa limitada existente parece indicar que muitos dos aplicativos mais populares não são precisos, mesmo que possam conter informações que apoiam o planejamento da gravidez ou sejam comercializados especificamente para esse fim” dizem os autores no estudo. “[Isso] pode enganar mulheres e casais que estão tentando engravidar”.

 

Eles acrescentam que a falta de comprovação de sua eficácia em ajudar mulheres a evitar uma gravidez indesejada é particularmente preocupante e que, quando se trata de planejamento de uma gestação, não há evidências suficientes para tirar conclusões sobre os níveis de precisão dos aplicativos.

“Há uma margem considerável para pesquisas futuras”, acrescentam os cientistas, que sugerem analisar uma amostra mais ampla de mulheres, incluir uma faixa maior de idades, países e culturas. “O envolvimento de especialistas em fertilidade e outros profissionais de saúde também deve ser um aspecto importante de futuras pesquisas e desenvolvimento neste campo”, concluem.

 

Fonte: Revista Galileu


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