Aranhas, normalmente, não são um dos animais mais queridos das pessoas. Existem aqueles que são tão traumatizados com o animal, tanto que a palavra medo é bastante simplória para descrever o que sentem.

 

Elas são animais que vivem em diversos lugares, como em matas, pântanos, desertos e buracos no solo. O corpo delas é dividido em cefalotórax e abdome, sendo que neste, há quatro pares de pernas. Como em todos os artrópodes, as aranhas possuem exoesqueleto, composto por quitina.

 

As aranhas fêmeas tem teias grandes e com cores impressionantes. E elas tem sido uma ajuda boa para a ciência. Isso porque sua teia está sendo investigada como um biomaterial para reconstruir nervos.

 

Um estudo recente feito com aranhas orbeiras, no espaço, mostrou que essas aranhas inteligentes podem se orientar com a luz quando não existe gravidade para lhes informar qual é o caminho “para cima”.

 

Experimento

 

Os cientistas fizeram vários experimentos de gravidade com as aranhas ao longo das décadas. Algumas das coisas já feitas foram colocar pequenos pesos presos nelas, foram colocadas em uma centrífuga, foram colocadas para construir teias horizontalmente e até as giraram de forma contínua enquanto elas tentavam construir suas teias.

 

“Essas observações e experimentos sugerem fortemente que a gravidade é um fator importante durante a construção da teia. Mas eles não podem responder à pergunta, se as aranhas podem construir teias em gravidade zero. E, se sim, como o ambiente de gravidade zero afetará a teia concluída. Essas perguntas só podem ser respondidas trazendo aranhas para um ambiente de gravidade zero, ou seja, trazendo aranhas para o espaço”, escreveu a equipe de pesquisadores da Suíça e EUA.

 

O estudo mais recente não é o primeiro onde as aranhas foram enviadas para o espaço. No entanto, é o primeiro onde se tem resultados conclusivos. Até porque, os experimentos anteriores tiveram alguns contratempos.

 

Outros experimentos foram feitos em 1973 e 2008. Nesse último, “as larvas e pupas da mosca-das-frutas começaram a cobrir a janela de observação cerca de duas semanas após o lançamento. Depois de aproximadamente um mês, elas cobriram completamente a janela de visualização, tornando impossível ver as aranhas”, disseram os pesquisadores.

 

Observações

 

No entanto, em 2011 eles tiveram uma segunda chance para o seu experimento e a aproveitaram. Dessa vez não aconteceram fugas de aranhas, explosões de mosca-das-frutas ou fotografias perdidas.

 

Pelo contrário. Uma nova foto das teias era tirada a cada cinco minutos. Enquanto as luzes no alto acendiam e apagavam a cada doze horas para parecer a luz do da.

 

O experimento na Estação Espacial Internacional durou dois meses e foi bem sucedido. As duas aranhas que foram enviadas para o espaço eram bem resistentes. O macho sobreviveu por 65 dias, e ainda estvaa vivo quando voltou para Terra. Já a fêmea construiu 34 teias.

 

Contudo, foi o uso das luzes aprontadas para “baixo” que revelou uma descoberta surpreendente.

 

“Como na gravidade normal, e independentemente de as luzes estarem acesas ou não, as aranhas consistentemente construíram teias assimétricas e se voltaram para baixo quando sentadas no centro, concluímos que a gravidade é o guia de orientação mais relevante para as aranhas. Concluímos ainda que o estímulo visual da direção da luz pode servir como um guia de orientação na ausência de gravidade”, escreveram os pesquisadores.

 

“Tivemos a sorte de as lâmpadas estarem fixadas no topo da câmara e não em vários lados. Caso contrário, não teríamos sido capazes de descobrir o efeito da luz na simetria das teias em gravidade zero”, concluíram.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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