Novas simulações feitas por cientistas do Imperial College de Londres, na Inglaterra, revelam que o asteroide que levou à extinção dos dinossauros atingiu a Terra a um ângulo de 60º, o “mais mortal possível”. A descoberta foi compartilhada nesta terça-feira (26) no periódico Nature Communications.

A teoria mais aceita sobre a extinção dos dinossauros diz que há 66 milhões de anos um asteroide enorme caiu no Golfo do México, formando uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro, conhecida como Chicxulub. Acredita-se que o impactou liberou bilhões de toneladas de enxofre na atmosfera, o que acabou bloqueando a luz do Sol e levou a Terra a uma era glacial que matou 75% dos organismos que viviam por aqui.

Os especialistas já especulavam que o local onde o asteroide caiu foi crucial para suas consequências devastadoras — e a nova pesquisa sugere que o ângulo do objeto também fez diferença. “Para os dinossauros, o pior cenário é exatamente o que aconteceu”, disse Gareth Collins, líder do estudo, em comunicado. “Isso provavelmente foi agravado pelo fato de [o asteroide] ter atingido a Terra de um dos ângulos mais mortais possíveis.”

A equipe realizou simulações do choque considerando os dados geofísicos do local do impacto — o que inclui as informações obtidas por perfurações realizadas recentemente na região. De acordo com os epecialistas, o novo modelo é o primeiro em 3D capaz de reproduzir todo o evento, desde o impacto inicial até o momento em que a cratera final, agora conhecida como Chicxulub, foi formada.

Como explicam os pesquisadores, simular todos os momentos entre o impacto do asteroide e a criação da cratera possibilitou comparar diversas possíveis formas com que o objeto teria atingido a Terra. Isso, por consequência, levou-os a concluir qual foi o ângulo exato em que o asteroide colidiu com o solo.

“Nossas simulações fornecem evidências convincentes de que o asteroide atingiu um ângulo acentuado, talvez 60 graus acima do horizonte, e se aproximou de seu alvo a partir do nordeste”, observou Collins. “Sabemos que esse foi um dos piores cenários para a letalidade no impacto, porque liberou mais detritos perigosos na atmosfera superior e espalhou-os por toda parte — exatamente o que levou a um inverno congelante.”

 

Fonte: Revista Galileu

 


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