Astrônomos revelaram evidências de uma explosão estelar rara no centro da Via Láctea. Os dados do Observatório de raios-X Chandra — telescópio espacial da NASA — foram responsáveis pela descoberta, a qual contribui para a compreensão da forma como estrelas se deterioram e alimentam o Universo com elementos essenciais para a vida. As observações indicam que o evento é originário de uma anã branca, pequeno astro quente e denso composto principalmente por matéria degenerada.

 

Sua explosão envolve reações termonucleares mais fracas, pois se espalham mais lentamente e influenciam em menores taxas de emissão de materiais. Trata-se de um remanescente da supernova chamada “Sagitário A Leste” e pertence a um grupo especial de tipo “Iax”, cuja ocorrência é mais incomum na galáxia.

 

Ela está localizada nas proximidades de Sagitário A*, um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. A equipe responsável pelo trabalho identificou o objeto ao observar a região de seu entorno, por um período de 35 dias, e encontrou um padrão incomum nas emissões de raios-X. As explosões de anãs brancas servem como uma das principais fontes de elementos, como ferro, níquel e cromo.

Devido ao fato de a maioria de supernovas emitir quase a mesma quantidade de luz, cientistas se baseiam nessa informação para determinar com precisão as distâncias no espaço e assim estudar a expansão do Universo. Os resultados do Chandra se alinharam com os sugeridos por modelos computacionais, os quais simulam reações nucleares em estrelas anãs brancas. A pesquisa foi publicada na revista científica The Astrophysical Journal.

 

“Embora tenhamos encontrado supernovas tipo Iax em outras galáxias, até então não havia evidências de uma delas na Via Láctea. Essa descoberta é importante para entender as inúmeras maneiras pelas quais as anãs brancas explodem”, disse Ping Zhou, líder do estudo, em comunicado do observatório.

 

“O resultado nos mostra a diversidade de tipos e causas das explosões de anãs brancas, bem como as diferentes maneiras de como elas geram esses elementos essenciais. Se estivermos certos sobre a identidade dos restos dessa supernova, seria o exemplo conhecido mais próximo da Terra”, adicionou Shing-Chi Leung, cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) envolvido na pesquisa.

 

Fonte: Tecmundo.


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