Em tempos de crise ou não, viver de literatura no Brasil nunca foi uma tarefa fácil. E para as mulheres que escrevem terror as portas têm se fechado ainda mais. A autora Karen Alvares  – que escreve obras de terror e suspense psicológico como a “Duologia Inverso & Reverso” e “Alameda dos Pesadelos” – sente na pele a dificuldade de provar que o Terror não é um gênero exclusivamente masculino.

 

“Escrever terror, sendo mulher, no Brasil, é uma tarefa árdua. Assim como em quase todas as atividades, para ser reconhecida como escritora de terror a mulher precisa provar três vezes que é tão capaz ou mais que qualquer homem. Outro dia, em uma entrevista, um blogueiro perguntou a mim e a outra escritora por que o terror flui tão bem nas mãos de mulheres, desde Frankenstein, de Mary Shelley. Minha resposta fez todos rirem (de nervoso): porque a vida das mulheres é um terror constante. É o terror de se provar a cada dia, de não ser aceita, de não ser ouvida, de ser diminuída, humilhada, violentada.” –  comentou.

 

Karen, que levanta a bandeira da necessidade de temos mais obras escritas por mulheres, organizou recentemente nas redes sociais uma lista com diversas escritoras nacionais independentes de terror e suspense que se dedicam, ou que entre uma obra e outra já escreveram obras gênero. A lista das Escritoras Brasileiras de Terror, hoje conta com mais de 90 autoras. Para conferir e contribuir com ela basta acessar o link: encurtador.com.br/bMT58

 

Às vezes a gente cansa. Desanima se esforçar tanto, trabalhar tanto, e encontrar tantas barreiras e dificuldades apenas por sermos mulheres criando terror, um gênero que injustamente ainda é visto como muito masculino. Mas o que posso dizer é: mulheres, nós precisamos da sua garra e da sua arte. Vocês são boas. Vocês têm talento e, principalmente, um ponto de vista único para contar suas histórias. Ao mesmo tempo que apreciamos o trabalho de muitos homens, também estamos cansadas de esbarrar no mesmo ponto de vista masculino sobre o terror e o horror. O mundo precisa de mais obras criadas por mulheres.” – revela a escritora.

 

Gamer e nerd assumida, Karen reflete em seus livros a paixão pelos jogos, livros, filmes e séries de TV. Suas obras trazem a tona não só histórias que causam calafrios, mas também o lado mais profundo do ser humano, tornando fácil e prazerosa a imersão na história. Questões familiares, por exemplo, são frequentes em suas obras. Sempre se preocupando em contar histórias de maneira cativante e surpreendente a cada lançamento.

 

“Escritor, para mim, é alguém para quem a realidade nãé suficiente. Claro, para a maioria das pessoas, a ficçãé importante, por isso existem livros, filmes, teatro, jogos. Mas o escritor não está satisfeito em viver no mundo real e aceitar passivamente a ficção dos outros, ele quer ser ativo nesse processo. O escritor se abriga na sua ficção, vive parte da sua vida nela” – Karen Alvares.

 

Sobre Karen Alvares

Sua carreira literária começou em 2013, como autora de mais de 35 fanfics de Harry Potter, populares até hoje. Karen publicou e autopublicou por editoras contos e livros de fantasia medieval, dark fantasy, cyberpunk, distopia e young adult.  Conquistou prêmios literários, como Celebrando Autores Independentes, da Amazon (Bienal do Livro São Paulo 2016) e #SweekStars (Sweek Brasil, conto “Nossa Senhora” na categoria História Mais Original). Karen Alvares também é membro da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror (Aberst).

 

Créditos:  “Punch! for Writers”

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Vanessa Assis.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.