Uma nova pesquisa da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, revela que as baleias-francas ameaçadas de extinção no Atlântico Norte estão vivendo em péssimas condições em comparação aos espécimes que vivem em regiões mais ao sul. Os resultados alarmantes foram publicados na revista Marine Ecology Progress Series.

 

Existem entre 10 mil e 15 mil baleias-francas no Hemisfério Sul e, segundo o estudo, elas vivem de forma satisfatória. Mas, infelizmente, o mesmo não pode ser dito dos representantes da espécie no norte.

 

Os maiores causadores da má condição de vida dessas baleias são os ataques letais de navios e as redes de pesca. Sua principal fonte de alimento, os crustáceos, também diminuíram devido à pesca excessiva, o que deixou as baleias magras e doentes — e menos propensas a procriar. Tudo isso contribui para o atual declínio geral da espécie: estam apenas 410 delas naquela parte do mundo.

 

Para quantificar o estado “magro e insalubre” das baleias-francas do Atlântico Norte, Fredrik Christiansen, autor do estudo, junto com uma equipe internacional de cientistas, investigou a condição corporal dos animais usando drones e comparou os resultados com indivíduos de outras três populações de baleias-francas na Argentina, na Austrália e na Nova Zelândia.

 

As análises revelaram que os espécimes do Atlântico Norte estão em pior condição corporal as populações do sul. Além de afetar a capacidade de ter filhotes, essa situação também afeta o crescimento das baleias jovens, impedindo que atinjam a maturidade sexual.

 

Em nota, o pesquisador Michael Moore, da Instituição Oceanográfica Woods Hole, nos Estados Unidos, aponta que para reverter essas mudanças, seria necessário redirecionar os navios para longe dos animais e reduzir sua velocidade, além de recuperar armadilhas de caranguejo e lagosta e minimizar o ruído nos oceanos.

 

Fonte: Revista Galileu


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