Segundo uma pesquisa liderada pelo Observatório Nacional, galáxias que formam muitas estrelas são atingidas por grandes ondas de gás, alterando seus padrões químicos

 

Algumas galáxias com altas taxas de formação de estrela são atingidas por grandes ondas de gás intergalático que alteram seus padrões químicos. Essa é a conclusão da pesquisa realizada por astrônomos do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, Maryory Loaiza Agudelo e Roderik Overzier, em parceria com Tim Heckman, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

 

Segundo um artigo publicado pelos pesquisadores no Astrophysical Journal, a descoberta foi feita ao medir a quantidade de átomos pesados como oxigênio, nitrogênio e enxofre em galáxias jovens. A partir disso, eles compararam seus resultados com a quantidade de hidrogênio presente nos mesmos sistemas.

 

Isso porque, como explicam no estudo, acredita-se que o hidrogênio presente nessas galáxias seja proveniente das ondas de gás, pois esses afluxos são repletos da substância. “Essas galáxias têm alta taxa de geração de estrelas, e estão em uma fase inicial de sua formação — e essa formação é resultado de uma grande quantidade de gás de hidrogênio, que chegou a essas galáxias por meio das interações [ondas]”, explicou Roderik Overzier em declaração à imprensa.

 

De acordo com os especialistas, o estudo foi baseado em observações obtidas pelo Very Large Telescope, situado no Deserto do Atacama, no Chile. “Esse trabalho foi possível graças ao acesso que o Brasil tinha com o Observatório Europeu do Sul (ESO), que foi suspenso em 2018, infelizmente”, disse Roderik. “Esperamos que essa situação seja revertida, de modo a permitir que mais alunos do Observatório Nacional, assim como Maryory, possam realizar observações em um dos observatórios mais avançados do mundo.”

 

Fonte: Revista Galileu.


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