A Terra tem um campo magnético, que faz com que as bússolas se alinhem de norte a sul e nos permitam navegar pelos oceanos. Dessa maneira, o nosso planeta natal funciona como um enorme ímã com polos positivo e negativo. Como? Por causa de seu núcleo feito de metal líquido. O campo magnético, então, pode ser definido como a “camada” de forças ao redor do planeta entre esses dois polos, que é extremamente importante para a vida terrestre.

Esse campo magnético também protege nosso planeta da radiação solar, mas ele não é estático. Nos últimos 200 anos, ele ficou 9% mais fraco. E esse enfraquecimento, que muitos podem achar que foi pouco, já causam problemas no funcionamento de satélites e foguetes.

Existe um lugar em particular desse campo magnético que está sendo alterado. É o que fica na região sul do oceano atlântico. Ele foi chamado pelos cientistas de “Anomalia Atlântica Sul”. E desde 1970, a região ficou 8% mais fraca.

Campo magnético

No geral, as pessoas não precisam se preocupar com essa região da anomalia. Mas os engenheiros que trabalham acompanhando satélites ou foguetes que passam pela região têm que se antecipar com relação aos possíveis danos. Os danos podem acontecer porque uma quantidade maior de partícula solares carregadas passam pelo campo magnético naquele lugar. E isso pode causar falhas curtas e até mesmo interromper a comunicação com a espaçonave.

Um exemplo disso é o telescópio Hubble que passa pela região da anomalia dez vezes por dia. E segundo a NASA, ele gasta 15% do tempo nessa região hostil. Além do telescópio, os astronautas que estão na Estação Espacial Internacional também são expostos, por vários minutos, a uma radiação forte todos os dias, no momento em que eles passam por essa zona.

De acordo com o publicado pela Agência Espacial Europeia (ESA), essa zona com o campo enfraquecido pode estar de dividindo em duas. Uma que está a leste da América do Sul e a outra no sudoeste da África.

Para acompanhar as mudanças do campo magnético, a ESA usa três satélites. O vídeo mostra esse enfraquecimento entre abril de 2014 até agosto de 2019. Os pontos brancos mostram os momentos em que os satélites detectaram uma maior radiação. E ela se concentra no sul da América do Sul.

Mudança

De 1970 até os dias atuais, a força mínima de campo magnético na região caiu aproximadamente de 24 mil nanoteslas para 22 mil. E a área da anomalia também cresceu e se movimentou para o oeste cerca de 20 quilômetros por ano.

Além disso, um segundo centro de intensidade mínima surgiu nos últimos cinco anos. Ele fica no sudoeste da África. Esse ponto apareceu na última década e se desenvolveu de forma vigorosa nos últimos  anos.

O motivo disso estar acontecendo ainda é um mistério. O que os pesquisadores querem é compreender os processos no núcleo do planeta que provocaram essas mudanças. E  os satélites da ESA são usados para ajudar nesse entendimento.

É especulado que esse enfraquecimento pode representar uma eminente inversão do polo magnético do nosso planeta. E isso não seria a primeira vez. Ao longo da história da Terra os polos magnéticos norte e sul já se inverteram várias vezes. A mudança acontece aproximadamente a cada  250 mil anos.


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